terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma seleção "brasileiramente" brasileira!

Uma das coisas que sempre falo quando o assunto é seleção brasileira, é a falta de critérios nas convocações. Hoje, nossas seleções são sempre formadas por jogadores que atuam fora do país, principalmente na Europa, há tempos o maior palco das grandes equipes mundiais.
Claro que reconheço que hoje, os melhores jogadores do mundo atuam na Europa, isso é fato. Mas é fato também que os jogadores que são convocados para a Seleção Brasileira, em sua maioria, não conseguem quando atuam pelo escrete nacional, reeditar as mesmas atuações que têm em seus clubes.
Aí é que vem minha maior critica. Os brasileiros são bons de bola em seus clubes, porque muitas vezes as equipes jogam em função deles ou vice versa. Mas na Seleção são quase sempre um desastre.
Fora aqueles casos em que, inexplicavelmente, alguns jogadores bem "normais", são convocados. É o caso de um Fernandinho, um Firmino, um David Luiz, um Thiago Silva e muitos outros.
São muitos, com certeza, que não têm talento suficiente para vestir a jaqueta amarelinha, outrora tão honrada por atletas como Pelé, Zico, Garrincha, Rivelino, Carlos Alberto, Romário, Bebeto, etc.
No domingo, assisti a um jogo da seleção Brasileira Olímpica e vibrei com o talento e, principalmente, o empenho dos garotos.
Combinando raça com talento e disciplina tática, os garotos do Brasil venceram facilmente o Canadá por 4 a 1, com seriedade e competência.
E o time é formado só por garotos na faixa dos 18 a 22 anos, todos, que eu saiba, atuando no Brasil, sem muita marra e as elocubrações naturais dos nossos atletas milionários que atuam na Europa e, deixam claro, tanto faz perder como ganhar.
Vou defender sempre uma seleção brasileira formada por jogadores que atuam no Brasil. Uma Seleção que seja escolhida por técnico ou técnicos brasileiros que têm talento suficiente para formar uma boa equipe, sem precisar "importar" jogadores sem talento e os que são bons de bola, não têm amor à camisa.
Uma seleção que seja convocada sem política, sem negociatas, fazendo com que o atleta nacional jogue com alma, com garra, sem a  necessidade de mostrar na TV o cabelo mais bonito, a tatuagem maior e mais bem feita. Jogue por amor ao país, pra vencer. É a história de "por o amor á pátria no bico da chuteira".
Não gosto de saudosismo, mas é importante lembrar, que desde que o Brasil passou a ser um dos maiores celeiros de jogadores que atuam na Europa, nossa Seleção nunca mais foi a mesma.
Os caras saem pirralhos daqui ou então em plena formação, com 17, 18 anos. Daí até se naturalizam europeus, perdem o feeling de jogar pelo Brasil sem ser para aparecer para os outros. Isso tem que mudar. Os brasileiros têm que aparecer para o Brasil, para os brasileiros, que são amantes de futebol!
Quem lembra da seleção de 2002, a última a ganhar um título mundial? Talvez lembre de alguns poucos. Mas da maioria, um monte de perebas misturado com poucos craques, poucos devem lembrar.
Mas a de 82 e a de 70 (a melhor de todos os tempos), até quem não alcançou se lembra do nome dos jogadores.
Pois é. Engraçado que todos eles (ou pelo menos 80 por cento) atuavam no Brasil.

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