sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Quem é que vai pagar por isso?

Os "executivos" e "empresários" que dirigiram o futebol da Tuna Luso Brasileira na Primeira Fase do Parazão, e que prometeram que fariam uma equipe para ser a primeiríssima do grupo ou no mínimo conseguiriam  a classificação para a elite em 2015, devem estar se perguntando: "o que foi que aconteceu, onde foi que erramos?".
O que aconteceu foi que as promessas de contratações de jogadores para substituírem os que debandaram para outras equipes após a Segundinha, por não terem seus salários honrados pelo Executivo Fred, não foram cumpridas. Os atletas que vieram foram jogadores sem a qualidade suficiente para suprirem as brechas deixadas pelos que saíram, como por exemplo, o fraco zagueiro Yan, Sub-20 do Remo, que veio para substituir o central Alex; o goleiro Dida, que veio para cobrir a saída de Diego Pitanga; Vadão, que entrou na vaga de Sandro, Diego Índio, para o lugar de Welton ou Cássio, e até o fraquíssimo remanescente  Manoel, que tem 1 metro e meio e o Charles pôs como centro avante. Nenhum deles estava à altura dos que saíram, infelizmente.
Na realidade, os jogadores que foram prometidos como o goleiro Fabiano, Alex Ruan, Val Barreto e outros não foram sequer à sede do clube, o que mostra que o que existiu mesmo foi muita conversa, ôba ôba  e pouca ação. 
E falo isso porque todos viram que as equipes que fizeram contratações tiveram sucesso, pelo menos foram mais brilhantes que a Tuna. 
"A gente sofre, Tuna, mas nunca te abandonará"
Vejam o caso do Castanhal, que contratou alguns jogadores do Remo, principalmente o atacante Leandro Cearense, e conseguiu a classificação. O mesmo aconteceu com o Parauapebas e o Tapajós, que formaram equipes competitivas, e fizeram bonito, chegando à elite do futebol paraense.
A equipe da Tuna, para tristeza nossa que torcemos, amamos o clube e queríamos estar na elite, lamentavelmente, foi a que teve o pior aproveitamentos no certame, juntamente com o Bragantino, equipe que não tinha nada de recursos. 
O Parauapebas, o primeiro classificado, com as contratações que levou do Remo, fez sete gols e tomou apenas dois, com um saldo de cinco. O Castanhal, idem: fez também sete e teve um saldo de três.
É triste ver que ainda tem gente que acredita nesses pseudos empresários ou "executivos" furrecas que só entram nos clubes com interesses ou vaidade. E o mais triste: não fazem uma "mea culpa" depois do leite derramado.  Se não fizerem, o presidente do clube tem que fazer, mostrar para o associado e torcedor o porquê do time não ter dado certo: mostrar quem foram os "heróis" que nos fizeram sofrer tanto. 
Equipes de muito menor expressão que a Tuna, embora não tenham conseguido a classificação, tiveram um aproveitamento bem maior em campo que a Águia. Saíram honrosamente.
O Isabelense fez seis gols; o Águia de Marabá, também seis; o Gavião classificado fez quatro. Só a Tuna, São Raimundo e Bragantino fizeram apenas três.
É vergonhoso ou não é, um clube de 111 anos, dois títulos nacionais, 10 campeonatos estaduais, famoso por ser um clube poliesportivo conhecido por revelar grandes craques que fizeram sucesso no mundo inteiro, e de repente num torneio estadual, ficar no patamar de duas equipes do interior e historicamente bem inferiores?
Égua, manos, é muito difícil. Haja coração para suportar isso!

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