segunda-feira, 9 de junho de 2014

Perdemos uma batalha, mas não a guerra!

A equipe náutica da Tuna teve uma atuação das mais pífias na manhã de ontem na Baía do Guajará. Dos sete páreos em que se inscreveu, alinhou em apenas três, e em somente dois páreos: a primeira prova, o Single skiff feminino júnior, com a remadora Gabrielly Thais, a Bibi, que vinha bem, liderando folgadamente a prova,  mas teve uma câimbra inesperada e parou, permitindo que o Paysandu vencesse;  e no Four skiff masculino, liderou por um bom tempo e perdeu nos últimos 50 metros.
Para quem na primeira regata, em março, venceu duas provas, na segunda, ontem, esperava-se um resultado bem melhor. Obviamente, que nas conversas e reuniões que mantemos com o técnico José Wildemar, o Lindão, ele sempre fala das dificuldades em arregimentar atletas, já que a maioria migrou para Remo e Paysandu e os poucos que estão na Tuna são garotos, que estão praticamente começando e só frutificarão mesmo no próximo ano.
Mas isso não justifica, repito, o pífio êxito de ontem. Mesmo porque, comparando com a situação que a Tuna náutica vivia nos últimos anos, hoje estamos às mil maravilhas.
Nossos atletas têm hoje uma qualidade de vida bem melhor, com um excelente café da manhã, graças às colaborações de abnegados que contribuem com um carnet mensal, mais a farta quantidade de pães, que uma panificadora nos repassa díarimente, além de biscoitos, bolachas e massas que a Ricosa e Trigolino nos fornece todos os meses. Semanalmente a Fort Fruit nos fornece legumes,  frutas e ovos para os atletas. Ainda falta muito, mas estamos no caminho certo.
É bom lembrar, que quando iniciamos o trabalho na Garagem Náutica da Tuna Luso Brasileira sabíamos perfeitamente das dificuldades que teríamos pela frente. Primeiro, porque o remo, nosso mais tradicional esporte, onde a Águia do Souza conseguiu mais títulos em sua história, estava praticamente para encerrar suas atividades e a garagem náutica, na iminência de cerrar suas portas, por falta total de apoio da diretoria passada, que em cinco anos deixou que o bonito espaço do nosso clube ficasse completamente abandonado, carente de tudo, inclusive com sua equipe esfacelada, com os atletas migrando  para os dois maiores rivais, e o trapiche e rampa em pandarecos.
O trapiche resolvemos o problema em 2012, graças ao apoio de amigos cruzmaltinos e simpatizantes, mas a equipe, como não tinha diretoria náutica, foram quatro anos de sofrimentos, e no último, 2013, só conseguimos duas vitórias nos 55 páreos das cinco regatas realizadas.
Não vamos esmorecer pelo que aconteceu ontem. Como diretor náutico, assumimos a responsabilidade. Amanhã, com os companheiros Gerardo Von, Mário Mangas e Jorge Luis, faremos uma reunião de avaliação e algumas providências serão tomadas, como a urgente colocação ao técnico Lindão da necessidade de aumentar a equipe já para a próxima regata.
A derrota de uma batalha não significa a perda de uma guerra. Mas é importante que haja uma sacudida na equipe, que saibamos todos os problemas dos atletas, suas necessidades, conversando, olhando no olho deles, e se possível resolvendo todos os problemas, inclusive de locomoção deles, para que não se repitam erros, falhas e que as vitórias cheguem para alegria nossa e dos nossos torcedores e abnegados.
Necessitamos continuar na luta. Mas para isso é importante que continuemos contando com o apoio incondicional de todos. É sempre bom lembrar que "um mais um é sempre mais que dois". E juntos, poderemos ser bem mais fortes.
Não prometemos título este ano. Mas podem anotar: a partir da terceira regata vamos pra cima. Queremos vitórias. Vamos lutar para este ano nossa Águia fazer bonito com uma equipe pronta para vencer e mostrar que no centenário do Campeonato de Regatas, em 2015, a Tuna vai brigar para que ele fique no Souza!

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