terça-feira, 29 de abril de 2014

As razões de Lula, o Trensalão e o STF

É demasiada interessante a posição dos ministros do STF em retrucar e até condenar a entrevista de Lula à Imprensa portuguesa, semana passada, quando o ex-presidente fez declarações sobre a condenação dos militantes do PT na AP 470, que a Imprensa conservadora e ante-petista apelidou de mensalão. 
Claro que o STF jamais vai dizer que a AP 470 foi um julgamento político. Isso é óbvio. Como também irá sempre retrucar em bloco qualquer questionamento ao resultado final, uma vez que se consideram "homens de ouro" e incapazes, em seus auto-julgamentos, de qualquer erro.
É perfeitamente entendível a posição de Lula e todos os petistas de que o julgamento da Ap 470 foi politico. Mesmo porque, até o presente, os desmandos do tucanato em Minas Gerais e em São Paulo, escândalo conhecido como "Trensalão", são sempre postergados e até postos debaixo do tapete.
Acho que o autoritarismo do STF para com os militantes petistas, humilhando homens que deram parte de suas vidas pelas liberdades democráticas de nossa pátria, retrata bem o caráter político do julgamento.
Da mesma maneira, a massa de manobra que se tornou a Grande Imprensa apodrecida, que são na realidade os conglomerados de famílias, fez com que o povo clamasse por uma justiça que se sabe, foi inclusive desumana, humilhando os companheiros José Dirceu e José Genoíno como nem mesmo os piores bandidos são ou foram, no intuito único de chocar e desmoralizar, talvez até destruir, o único partido que em mais de 500 anos de Brasil optou em trabalhar pelo povo sofrido.

Um comentário:

  1. DOM TOMÁS BALDUÍNO, PRESENTE!
    Algumas frases marcantes do “bispo da reforma agrária e dos indígenas”:
    1 Sobre a política econômica do governo do Lula e PT, “em pouco ou nada contribuía para as mudanças almejadas pela nação brasileira”.
    Nota. Nesse ponto, os números falam por si só: se o governo de FHC e do PSDB havia sentado 59.500 famílias em seu primeiro ano de e fechou seu mandato com apenas 3.532 imóveis rurais desapropriados para fim de reforma agrária, com uma média de 45 mil assentados por ano, Lula e o PT, mesmo com toda a expectativa e apoio dos trabalhadores sem-terra, haviam assentado apenas 36 mil famílias em seu primeiro ano de mandato, o menor número de famílias assentadas em um primeiro ano de mandato desde a era Collor. No final do mandato de Lula, foram feitos apenas 1990 decretos de desapropriação para a reforma agrária.
    2 Em defesa das ocupações do MST, “Diante de governantes surdos, só mesmo uma sacudidela violenta”.
    3 Como importante representante da Teologia da Libertação, respondia em tom de brincadeira aos setores mais conservadores da igreja católica que, “se a Teologia da Libertação morreu, não me convidaram para o enterro”.
    Por fim, em consideração a trajetória de Dom Tomás Balduíno, todos os lutadores por justiça social no dia 02 de maio de 2014 ergueram seus braços e disseram: “Dom Tomás Balduíno, presente!”

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