segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Brasil, um país sem ídolos

A grande mobilização dos brasileiros interessados pela luta de Anderson Silva e Chris Weidman no sábado, mostra o quanto estamos carentes de ídolos. Somos hoje um país sem ídolos.
O lutador brasileiro, tido como o maior de MMA de todos os tempos, teve a infelicidade de no segundo round, que havia começado bem melhor que seu opositor, quebrar a tíbia, num lance de pura falta de sorte, frustrando milhões de brasileiros que ficaram até de madrugada loucos para gritar vitoriosos que o cinturão era novamente do Brasil e do grande Anderson Silva.
O Brasil está sem um grande ídolo no esporte já há algum tempo. Em épocas não muito distantes, podíamos nos vangloriar de termos ídolos no futebol, embora brilhando em outro país, na Fórmula , no tênis, no basquete e até maratonista.
Hoje a situação é de pura lamentação. Não temos mais grandes ídolos no futebol, pois já há algum tempo não temos um jogador de futebol brasileiro como o Melhor do Mundo. Neymar está aí, mas pelo menos por ora ainda vai ter que ralar para tomar a coroa de Messi ou de Cristiano Ronaldo.
Na Fórmula 1, onde já tivemos gênios campeoníssimos mundiais como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Airton Senna, nossa situação ainda é mais lamentável. Se temos pelo menos uma esperança no futebol com Neymar, no automobilismo ela já esmaeceu há tempos. Depois de Senna, aos poucos foi desaparecendo a "promessa" com Rubens Barrichello, que passou por grandes escuderias e terminou como um piloto comum, nem a sombra de Senna, que ainda é endeusado como um dos maiores da história do automobilismo.
O mesmo caminho tomou, ao que parece, a jovem promessa de alguns anos passados, Felipe Massa. Arrojado, mesmo assim não conseguiu deslanchar e a partir de 2014 cai de peso internacionalmente, saindo de uma grande escuderia para a pequena Williams.
No basquete masculino, onde já tivemos ídolos como Oscar, Marcel, Carioquinha, hoje estamos tentando refazer uma seleção. No feminino, depois do brilho da geração de Hortência, Marta, Paula, Janete, além de outras, hoje lutamos para fazer uma equipe competitiva, mas ainda muito carente, de pouca qualidade. O mesmo acontece com o vôlei, onde não temos ídolos depois da famosa geração de Bernard e companhia.
No tênis, também, depois de Gustavo Kuerten, que brilhou como campeão em três Roland Garros, estamos agora sem um representante de peso. Os que surgem neste elitizado esporte, que mesmo sendo de poucos entendedores, mas pelo amor á pátria conseguiu mobilizar o País, não conseguem figurar no ranking internacional.
Com o sério incidente com o lutador de MMA Anderson  Silva, que era o candidato mais serio a ser o nosso novo ídolo com um grande apelo internacional, o povo brasileiro vai ter que esperar que surja em qualquer esporte algum nome com forte apelo popular até a Copa do Mundo, que acontece em nosso País no meio do ano.
Fora de combate pelo menos por nove meses, Silva, se voltar a lutar, com certeza não será mais como antes. E mesmo se conseguir voltar à sua antiga forma, durante a longa espera, teremos que torcer por um bom resultado na Copa do Mundo e que apareça algum ídolo para suprir nossa necessidade e reverenciar sempre um brasileiro no esporte.

Um comentário:

  1. Caro Marcos: Você continua com seu senso crítico bem aflorado e acredito que também está com o coração abalado por causa da queda da Águia Guerreira. Espero que o ano em curso seja de grandes realizações e a Tuna volte ao lugar que bem merece e você continue sendo esse cara Pai D'égua.

    ResponderExcluir