quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sobre laterais paraenses e apelidos

O lateral direito do Santos Cicinho, paraense que foi revelado nas categorias de base do Remo, está jogando o fino. Cicinho estava na Ponte Preta onde brilhou no Campeonato Paulista e foi contratado pelo Santos para substituir Leo, o veterano lateral que hoje está beirando os 40 anos e não tem mais fôlego suficiente para disputar um Campeonato Brasileiro.
Cicinho ontem deu um show no jogo do Santos com  São Paulo. Marcou, driblou, centrou bolas no miolo da área, fez graça em cima de Luis Fabiano, enfim, pintou e bordou, sendo constantemente elogiado pelos que transmitiam o jogo. É jovem e um lateral de muito futuro.
Aliás, o Pará é a terra dos bons laterais. Ativando a memória, lembro de alguns dos grandes laterais paraenses que brilharam aqui e em outros estados. Como Oliveira, que foi craque no Fluminense; Paulo Tavares, que jogou aqui e em várias equipes do Nordeste. Marinho, que jogou na Tuna, Remo, Paysandu, Fluminense e Ceará Sporting. Aldo, que também jogou no Fluminense. Rosemiro, que brilhou no Palmeiras.
Cicinho: firme na marcação e excelente no apoio
Da nova geração, além de Cicinho, estão batendo um bolão Yago Pikachu, Pará (Grêmio), Wellington Saci (Figueirense) e Cametazinho, hoje no Vila Nova do Goiás, cinco laterais da nova geração, talvez nem tivessem nascido quando Rosemiro, que este escriba considera o melhor deles, brilhava no Palmeiras. Mas com certeza já ouviram falar e honrando o bom nome do nosso estado seguem uma tradição bem paraense de grandes defensores nas laterias, tanto na direita, como na esquerda.
Todos têm juventude e talento suficiente para defender qualquer time brasileiro. Talvez, por serem do Norte, sofram algum tipo de preconceitos e demorem a se firmar numa grande equipe. Afinal, jogadores que são nativos do lado de lá, podem ter apelidos como Garrincha, Peito de Aço, Cafuringa, Luiz Chevrolet. Isso para eles é fichinha. Mas nascendo aqui, um jogador mesmo tendo uma boa qualidade técnica, pode ter sua contratação vetada por uma grande equipe de São Paulo simplesmente por ter o apelido de Pikachu.

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