segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A incerteza do futuro do Paysandu

Benazzi  mudou seu discurso. O  fervoroso técnico agora, como os anteriores, defende-se dos insucessos de sua equipe culpando, principalmente, a falta de tempo para treinar a equipe.
Benazzi parece que esqueceu que passou mais de uma semana parado, treinando e inventando: colocando jogadores que estavam parados para jogar e outros em posições que não tem nada a ver com a que jogam.
O resultado é o que nós estamos vendo nos últimos jogos: um time que joga sempre diferente uma partida da outra. O técnico, apesar da simpatria, ainda não conseguiu formar um time, embora quando ganhou uma partida "os profetas do futebol" começaram a dizer: "o homem é esse".
O Paysandu, no jogo contra o péssimo time do São Caetano, conseguiu ainda ser mais ruim que a equipe paulista, principalmente no segundo tempo. É aquilo que sempre estou postando: o time não consegue ter um padrão de jogo, os técnicos que chegam não conseguem formatar um time base que jogue pelo menos duas partidas com a mesma formação. Assim, vão sentindo as dificuldades e passam a trabalhar com as palavras, mostrando os limites da equipe, o cansaço até serem trocados.
O mais triste é que agora só restam 11 partidas para  Paysandu. O time empacou nos vinte e poucos pontos e o que este escriba vem vislumbrando já há algumas rodadas, pode se concretizar: a queda para a Série C.
Ora dirão: "ainda faltam seis jogos dentro de casa". Esquecem, os excessivamente esperançosos, que quem não perde em casa e sempre vence é o Águia. O Paysandu, ao contrário, não fez o dever de casa e fora...
O Paysandu, desde o início do Returno, disputou oito rodadas, com três partida em casa e cinco fora. Venceu duas partidas em casa e empatou uma. Fora de casa, perdeu  três e empatou duas. Disputou no total 24 pontos, ganhou apenas 9. Um aproveitamento de apenas 37.5%. Quem quer classificação ou pelo menos não cair, tem que ter um aproveitamento bem melhor.
Restam ao Paysandu seis partidas dentro de casa, da totalidade de 11.  É visível que muitas das equipes que também foram mal na primeira fase, estão lutando para não cair e vêm conseguindo respirar melhor. É o caso de Icasa e Ceará, que já conseguiram vencer algumas partidas fora de casa e são quase imbatíveis dentro de seus domínios, já somando 42 e 41 pontos, respectivamente, e o ABC de Natal, que estava na rabeira, hoje já soma 29 pontos, um a mais que o Paysandu. 
Se não houver uma mudança radical na equipe bicolor, tipo um posicionamento melhor em campo, um trabalho psicológico e físico com os jogadores para que a equipe entre focada em vitórias, principalmente dentro de casa, infelizmente a degola é certa. 
Com 28 pontos, a equipe bicolor tem que vencer as seis, ou pelo menos quatro dentro de casa e empatar duas. Se não conseguir,  brigar para trazer de três a cinco pontos nos jogos fora de casa. Tem que chegar aos 45 pontos no total para não cair. Menos que isso .é incerteza, é arriscar a morrer na beira, o que é uma lástima para a equipe, para a diretoria e para a torcida que esperou vários anos para sair da Série C e quando subiu ter que amargar a degola logo no primeiro ano em que voltou.

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