quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vereador foge correndo de manifestantes

A coisa esquenta não somente a nível de Brasil ou de governo federal. Tá feia também em Belém e em todo o Pará. Os movimentos populares avançam dia a dia e reivindicam melhores condições de vida e mudanças nas fábulas que o governo estadual e municipal passaram por longos anos ao povo.
Ontem, na Câmara Municipal de Belém, houve uma verdadeira guerra durante a votação em regime extraordinário do Plano Plurianual do Executivo Municipal (PPA), quando manifestantes que haviam passado toda a noite acampados na Câmara, em dado momento  invadiu o plenário da casa, interrompendo a votação, gerando um quebra-quebra, onde portas de vidros, cadeiras e mesas foram arremessadas contra os parlamentares mirins que votavam contra os anseios da população. No ocasião houve a Giarda Municipal perdeu a cabeça, dando tiros, usando spray de pimenta  dando ênfase a uma pancadaria generalizada, inclusive com feridos.
A votação foi suspensa, a Guarda Municipal entrou em ação, feriu estudantes, populares de grupos de bairros e o escarcéu estava feito, deixando em pânico moradores da área do bairro do Marco.
A manifestação da população que participava nas galerias da Câmara, formada na maioria por jovens estudantes,  era pela melhoria nos transportes públicos, diminuição do preço das passagens para 2 reais, passe livre para estudantes, além de outras reivindicações nas áreas de Educação, Saúde e  outros iten que possam melhorar a vida da população mais carente de Belém.
As revindicações e a forma de lutar dos manifestantes que estavam na CMB ontem mostram que a juventude que quer mudanças no Pará é organizada e sabe o que quer. Foram apresentadas propostas, e parte delas com o apoio de alguns parlamentares como os vereadores Fernando Carneiro, Sandra Batista e Cleber Rabelo, todos de partidos de esquerda, e que são os autores de projetos de emenda à Lei Orgânica do Município que cria o Passe Livre para estudantes.
O grupo de vereadores do outro lado, que é o apoiador do prefeito Zenaldo e que é contra os projetos populares, era o mais visado pelos jovens ativistas. Eles de todas as maneiras tentavam justificar a não colocação de alguns itens que beneficiam a população, principalmente os mais pobres.
O vereador Mauro Freitas (PSDC) era um dos mais visados pelos jovens. Mauro é líder do Governo Municipal na Câmara e escapou de levar até uns petelecos, apos perguntar em tom irânico: "quem vai pagar os 43 milhões do custo do passe livre"? Mauro teve que sair praticamente correndo e escoltado da Câmara. A resposta ao vereador traíra veio rápido das galerias: "tira dos empresários, que estão cada vez mais ricos".
O PPA foi voltado minutos depois, mas sem as principais reivindicações dos manifestantes. Uma delas é o Passe Livre.
A luta de grupos populares organizados como "Juntos", "Vamos à luta" e "Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas" se fortaleceu graças ao apoio de parlamentares de esquerda. Novas manifestações estão programadas e muita coisa ainda vai vir por aí, mas com comprometimento e responsabilidade, mostrando que a força do povo é importante na luta por melhores condições de vida de todos.

Um comentário:

  1. Empresário de ônibus também tem conta pra pagar. Para ter passe livre o governo que pague então

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