terça-feira, 28 de maio de 2013

Tuna e Remo: histórias parecidas

Uma tristeza duas equipes com histórias centenárias e bonitas como Tuna Luso Brasileira e Clube do Remo chegarem a uma situação lastimável como a que se encontram. 
A Tuna foi uma das últimas colocadas no Parazão de 2013 e foi rebaixada, juntamente com o Águia de Marabá, tendo ambos agora que disputar a Primeira Fase do Campeonato de 2014, em Novembro deste ano, que é uma espécie de vestibular à Primeira Fase, que começa em Janeiro do próximo ano.
O Clube do Remo está numa situação semelhante, ou até pior. Enquanto a Tuna começa a jogar ainda este ano, o Remo só retorna aos campos em 2014, quando voltará a disputar o Parazão. 
A situação dos dois clubes paraenses, ambos com grande história no futebol paraense e brasileiro, é fruto das  más gestões. 
O Remo, que vem de algumas gestões desastrosas, como a de Amaro Klautau, que passou dois nos e não conseguiu colocar a equipe nos trilhos, e ainda tentou vender, durante todo seu mandato, parte do patrimônio do clube. Entrou como salvador da pátria,  mas saiu como um "destruidor do patrimônio azulino". 
A Tuna, atualmente,  tem uma história mais ou menos parecida com a do clube azulino. Com a mesma diretoria há cinco anos, graças à reeleição do atual presidente, a Águia do Souza nessa gestão vem fazendo o que de pior aconteceu em toda a sua história. 
Para se ter uma idéía, na náutica, onde a Tuna tem uma de suas mais bonitas histórias, há tempos não consegue alinhar 11 páreos em uma regata, fato que vem entristecendo os torcedores cruzmaltinos e deixando os próprios amantes deste tradicional esporte preocupados com o que poderá acontecer nos próximos anos, já que a atual diretoria praticamente abandonou a sede náutica, que com isso sofre ameaça de fechar suas portas, o que não aconteceu ainda porque alguns abnegados continuam ajudando em sua manutenção.
Nas duas últimas regatas, a última de 2012 e primeira de 2013, a Tuna alinhou apenas sete páreos. Enquanto isso, seus adversários maiores, Remo e Paysandu conseguiram avançar neste esporte e aos poucos vão tirando a grande diferença da liderança que a Águia conquistou ao longo dos anos.
No social, a Tuna também vive um de seus mais tristes momentos. Com seus espaços de bares e restaurantes arrendados, e com um serviço de qualidade duvidosa o sócio cada vez mais se afasta do clube.
No futebol luso brasileiro outra tristeza. O último sucesso da Tuna foi o título do Primeiro Turno de 2007, o vice campeonato do ano e o título de Campeão da Taça Centenário da Federação, torneio promovido pela FPF.
Nas disputas regionas a Tuna, na atual gestão, esteve mais fora do que dentro do Parazão. Nas vezes que conseguiu participar cometeu vexames que decepcionou sua pequena mais vibrante torcida. Agora mesmo, em 2013, a diretoria fez um time que no primeiro Turno só fez um ponto. No Segundo Turno, depois de contratar alguns atacantes, fez 10, chegando aos 11 pontos, mas de nada adiantou. O time foi rebaixado e agora amarga dívidas com atletas e técnico.
Cabeça dura, arrogante e intransigente, o presidente se diz só, sua diretoria de 15 membros (a maior burrice da história, porque ao vivo poucos trabalham) não o apóia e agora mesmo, embora não renunciem, dois de seus diretores conspiram contra ele, apresentando candidatura como seu substituto.
Remo e Tuna não merecem isso. Pela história, pelas torcidas, pelo paraensismo que seus nomes significam no Brasil era para estarem em melhor situação.
É preciso que a situação dessas duas grandes agremiações esportivas seja mudada, urgentemente. Que seus sócios e torcedores sejam respeitados. É necessário uma diretoria de gente que tem passado e presente de seriedade, competência, honestidade e comprometimento. Chega de mandantes. Temos que acabar com as "Capitanias hereditárias", como muito bem afirma um cronista local. Os clubes não possuem donos. Aliás possuem:  seus sócios, aqueles que pagam, aquele que torcem, que têm trabalho e paixão pelo clube.

Um comentário:

  1. Na diretoria do Remo só tem ladrão como Cabeça.O vereador maria mole que é diretor gosta muito é de aparecer para a rapaziada.

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