segunda-feira, 6 de maio de 2013

Leão entra frouxo e leva surra do Jacaré

Vou usar a velha frase que os assistentes de jogos nos estádios levam numa plaquinha feita à mão, bem malfeita, para mostrar na TV. "Eu já sabia".
Da maneira que jogou a primeira partida no Mangueirão e venceu por somente 1 a 0, e com o time que entrou ontem, na Arena Verde,  totalmente defensivo, retrancado até a medula, com três zagueiros, seis homens no meio de campo e somente um atacante, o desengonçado Val Barreto, a sofrida galera remista não poderia esperar sorte melhor para a equipe.
Pelo que apresentou ontem à sua torcida, que foi até Paragominas torcer e sofrer com  time, nem Pelé no auge, no lugar de Barreto resolveria a situação azulina.
Me perdoe o professor Flávio Araújo, que é conhecido como um dos reis do acesso, mas um time com a história do Remo, com mais de 100 anos, para enfrentar uma equipe que não tem nem um ano de fundação, não poderia entrar em campo covardemente como entrou ontem. Deveria impor sua moral, sua tradição e sua força maior que é sua torcida. Era para entrar em campo com moral, tentar fazer pelo menos mais um gol e  no segundo tempo talvez pensar em um esquema defensivo que garantisse o resultado.  Penso que o nome, a história,  ainda pesam na balança
Mas Araújo não fez isso. Em todo o primeiro tempo o Remo  foi um time sem brilho, sem criatividade. Os pequenos lampejos de criação do meia Ramon ou Diogo Capela, eram  facilmente ofuscados pela garra e determinação do valente Ilailson ou mesmo de Marquinho, um veterano que ainda mostra um bom futebol.
O Paragominas, ao contrário, tentava de todas as maneiras chegar à frente. Paulo de Tárcio sempre acionava as laterais ou o miolo, onde Adriano Miranda e Aleilson, sempre pela esquerda, infernizavam a defesa remista. O Remo ia  se defendendo como podia.
Sentindo que ao Remo só interessava o empate, que mesmo espremidamente garantiria sua classificação, Charles Guerreiro espertamente, no segundo tempo, optou por colocar mais um atacante, deixando ainda mais nervoso o técnico Flávio Araújo.  Tirou o volante Ilailson e colocou Weller, e Lourinho, que é ala mas atua como uma espécie de meia atacante, já que se infiltra pelo meio, e pôs o "maestro" Beá, que mesmo não sendo considerado pelas equipes paraenses da capital, é um jogador de grandes qualidades técnicas, tem um bom passe e é um bom finalizador. Beá já deu provas disso na Tuna, onde começou, depois no próprio Remo e em mais de 10 equipes que rodou por este Brasil.
Aleilson,  do PFC, o nome  do jogo e do Parazão
Foi o suficiente para o Paragominas massacrar o Remo. Durante mais de 20 minutos o Jacaré deu pressão no time azulino, que se defendia como podia. Beá e Aleilson trocavam de posição endoidando a defensa remista e Weller entrava elo meio sempre com perigo. Na doideira do meio de campo e no descompasso da defesa, o gol do Paragominas saiu aos 21 minutos, num cruzamento. Weller subiu e deixou o excelente goleiro Fabiano a ver navios.
Daí em dante era o tudo ou nada para o Remo. Mesmo atrasado, Flávio Araújo tirou Ramon que á não se aguentava em campo e colocou Galhardo, e Capela, e pôs o tacante Branco. O time deu uma melhorada mas o Paragominas queria mais. Aos 27 minutos, em jogada magistral de Beá, o homem do Conjunto Providência mete por debaixo das pernas do zagueiro remista, se livra do segundo e dá de presente para Aleilson fazer seu 12º gol e se isolar na artilharia. 
O esforçado Branco ainda fez um gol, aos 44 minutos, deixando os remistas que ainda permaneciam na Arena Verde esperançosos do empate. Numa cobrança de falta por Galhardo, um fio de esperança, fazendo com que o goleiro Fabiano e quase todo o elenco remista fosse para a área, na tentativa de pegar o rebote e empatar. Ficou na esperança. A defesa do PFC afastou o perigo, chegando a bola na ponta esquerda onde o veloz Aleilson, na garra, tomou a frente da zaga azulina e chutou para um gol desguarnecido. Era o terceiro gol. O ex-operário de uma fábrica de vassouras é o artilheiro paraense com 13 gols. Só. Somente só.
O caixão azulino estava fechado. E por longos oito meses. Pelo que Remo e Paragominas mostraram neste segundo turno e, principalmente nas duas últimas partidas,  confesso,  eu já sabia!

4 comentários:

  1. Longos oito meses do Remo.... E a tua galinha verde depenada vai bem jogar semana que vem nao é?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A Tuna, que tu deves lavar a boca antes de falar o nome, ò falso à pátria, deve voltar em novembro. Se conheces um pouquinho de aritmética deves saber que é bem menos que teu gatinho.

      Excluir
  2. Nunca vi lavar a boca pra falar se time de Várzea que podes anotar que nao vai se classificar

    ResponderExcluir
  3. TANTO TUNA QUANTO REMO ESTÃO PAGANDO CARO PELOS ERROS DAS PÉSSIMAS GESTÕES QUE TIVERAM NOS ÚLTIMOS ANOS. COM ISSO, QUEM SOFRE SÃO OS POBRES DOS TORCEDORES QUE NADA PODEM FAZER CONTRA OS DESMANDOS. OS CARAS FICAM SEGURANDO O VELHO TRONO COMO SE FOSSEM DONOS E NÃO LARGAM JAMAIS PARA QUE OUTROS MAIS JOVENS POSSAM DAR OUTROS RUMOS AOS FALIDOS CLUBES EM QUESTÃO. AO INVÉS DE FICARMOS TROCANDO FARPAS QUE NÃO LEVAM A NADA, DEVERÍAMOS ERA DISCUTIR IDEIAS PARA UM FUTURO MELHOR PARA AMBOS!

    ResponderExcluir