terça-feira, 28 de maio de 2013

Boa sorte, Neymar. Vai que a bola é tua!

Dois gênios do futebol: o melhor do mundo e o candidato a rei.
Sou dos que lamentam muito a saída de Neymar, não do Santos, mas do Brasil. O Santos, temos que reconhecer, fez o que pode para segurar o garoto, mas para não ficar no total prejuízo, o negócio era realmente concretizar a venda urgente e ganhar uma grana. Afinal, o investimento foi muito grande.
Neymar, que reputo como um gênio do futebol, felizmente tem muito para contar a seu filho, brasileiro como ele e, os santistas, também muito para zoar os ouvidos dos adversários.
Venceu quase tudo que participou nos cinco anos como profissional do Peixe, só não chegou ao título mundial, mas levou até a Libertadores para a Vila Belmiro, o terceiro troféu, por sinal.
É muito jovem, mas já muito experiente, macetudo das mumunhas do futebol. Acostumado com grandes jogos, grandes públicos (como terá na Espanha), à organização dentro e fora de campo, pois o Santos é uma das equipes mais organizadas do país e, embora ainda um garoto, teve a preparação familiar e de profissionais santistas em sua formação de atleta, jogador de futebol e cidadão.
Penso que Neymar será um dos melhores do mundo e, como Ronaldo Fenômeno, não somente uma vez ou duas. É uma craque de mão cheia, jogador-espetáculo que produz para a equipe. Prova disso são seus muitos gols, uma infinidade que o deixa no Peixe atrás somente do Rei Pelé.
Gostei de sua ida para o futebol europeu agora porque tivemos oportunidade de ver sua intensa criatividade, seus malabarismos, suas brincadeiras de garoto que encantam quem gosta de futebol-arte; menino-prodígio  que sonhou ser craque e conseguiu disciplinadamente, ou seja, foi preparado para isso.
Tenho uma convicção muito grande que, por não ter saído do país muito garoto, ainda menor, como foi o caso de Alexandre Pato, Neymar chegará ao Barcelona respeitado, com bagagem de quem sabe jogar, chegou feito
e não será um técnico qualquer que terá peito de barrá-lo.
Neymar além de talentoso é um bom caráter, repito, pela boa formação familiar e pelo trabalho que o Santos fez, mostrando para ele sua importância para o mundo, sua equipe e até para o país.
A prova maior do carinho e respeito que Neymar tem pelos seus amigos, seu povo e seu país, aconteceu nos minutos finais de sua transferência, quando mostrava-se nervoso, triste e alegre ao mesmo tempo, deixando claro que iria embora, mas que não esqueceria jamais seu time de coração, seus amigos, seu torrão natal.
A mesma coisa aconteceu com os amigos. Alguns, adversários dentro de campo, mas que fora, na  intimidade de cidadão,  têm um carinho e respeito muito grande por aquele moleque atrevido com a bola no pé. Aquele jogador que sempre recebeu as críticas com humildade; Aquele mágico que encantou até o Rei do Futebol, que  lamentou não poder segurá-lo no Santos.
Pelé bem que queria que ele ficasse. E este escriba confessa: eu também.
Boa sorte, grande Neymar. Vai que a bola é sua. Vá com Deus!

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