terça-feira, 14 de maio de 2013

Billie Holiday e Elis Regina: divas eternas

A cantora Elis Regina está para o Brasil, assim como Billie Holiday está para os americanos. Duas grandes cantoras; duas grandes intérpretes, dois mitos que o passar dos anos não faz desaparecer.
Elis teve várias seguidoras que, notadamente, em suas interpretações,  mostram o timbre, o estilo de voz e até os trejeitos que praticamente obrigam críticos e amantes de música a fazer comparações.
Billie, que nasceu na Filadélfia em 1915, e morreu aos 45 anos em 1959, portanto há 54 anos, ainda é tida por críticos, jornalistas e músicos, como a maior cantora de blue e jazz de todos os tempos.
Parte das cantoras que surgiram no Brasil pós Elis Regina, até lutam para evitar a comparação, seja no timbre de voz ou no estilo forte de cantar e se apresentar. Mas poucas escapam da comparação.
Elis: voz e estilo eternos
Foi assim que aconteceu com Adriana Calcanhoto, Leila Pinheiro e por último com Marisa Monte. Essa última, possuidora de um timbre semelhante, uma altivez e personalidade no palco fantásticas, além da bela voz e do estilo forte de se apresentar. Mas sempre fugiu das comparações.
As "imitadoras de Lady Holiday são muitas. Uma das mais famosas foi a roqueira/jazzista Janis Joplin. De voz rouca e timbre forte como Holiday, Janis Joplin era tão fã de sua conterrânea americana que tinha a biografia de Billie, "Lady Sings the Blues", como seu livro de cabeceira.
Holiday: o tempo não apagou sua voz
Outra famosas seguidoras do estilo de interpretação e até de emoção de cantar de Billie Hiliday foram as cantoras Betty Carter, Nina Simone,  Dinah Washington e por último Amy Winehouse e Madeleine Peyroux. Miss Peyroux, por exemplo, sempre negou o título de "imitadora", embora diga que admira o estilo de Holiday e aceita até ser chamada de seguidora. 
Prova de que seu negócio não é imitar, mas seguir um estilo de cantar colocando voz e emoção, principalmente, é o trabalho que Madeleline apresenta em seu novo álbum "The blue room", onde interpreta outro monstro sagrado do jazz, blue e country americano: o lendário Ray Charles. Metade do CD é em homenagem a Charles, que é tido como intérprete de voz inconfundivel, fascinante.
Tanto Elis Regina como Billie Holiday tiveram vidas atribuladas. Muitas emoções, muitos amores. Tristezas, alegrias, misturadas com uma vida boêmia levaram as duas grandes e eternas divas da música americana e brasileira à morte  precocemente.
Mas o estilo, a voz, o talento de Elis e Holiday estão eternizadas pela arte delas e através das cantoras que admiram seus trabalhos, que este escriba não vê como imitadoras, mas como seguidoras de um estilo inconfundível de interpretar, que deu certo não somente pelo bela voz, tanto de Elis e de Billie, mas pela emoção que essas duas divas continuam a passar quando nos dão o privilégio de ouvi-las.

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