terça-feira, 23 de abril de 2013

Livro mostra que a Princesa Isabel era racista

Quem pensa que a princesa a Isabel, considerada heroína nacional e que assinou a Lei Áurea, libertou os escravos, conforme os livros didáticos, em 1888, realmente foi um redentora e merece ser canonizada como existe um movimento com essa intenção, está muito enganado.
Na realidade,  a esposa do Conde D'Eu, filha do D. Pedro II, segundo mostra o livro da historiadora Mary Del Priore, não suportava os escravos e debochava da posição libertária de republicanos e dos abolicionistas, principalmente os mais combativos como o jornalista José do Patrocínio. 
Em seu livro "O Castelo de Papel", lançado pela Editora Rocco, Mary Del Priore desfaz o mito de redentora de Isabel, que na verdade era uma burguesona e jamais se indignou com os açoites recebidos pelos negros escravos. A princesa, segundo a historiadora, que para escrever seu livro pesquisou vários documentos no Instituo Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e no Museu Imperial de Petrópolis, mostra um perfil completamento diferente do que a história do Brasil mostra (ou mostrou) em livros didáticos:  a princesa Isabel era uma mulher somente preocupada com sua família, com as benesses que vivia a realeza imperial.
A princesa teve um série de adversários antes de assinar a Lei Áurea, em 13 de maio e 1888. André Rebouças, político e intelectual baiano, que defendia a abolição dos escravos, e que comemorou quando a princesa aderiu à campanha abolicionista; o escritor e jurista baiano Ruy Barbosa, que chegou a cobrar em pleno Teatro Politeama, no Rio de Janeiro, uma posição mais voluntariosa da princesa em relação aos escravos; e o jornalista José do Patrocínio, que não refrescava, chamando a "redentora" até de débil em seus fortes artigos defendendo a abolição.
Os que pedem a canonização da princesa Isabel agora vão ter que repensar pois, segundo conta Mary Del Priore em seu livro, a filha de Pedro II procurava ignorar todas as vozes que clamavam pelo fim da escravidão no Brasil.
Isabel: na verdade odiava os negros
"Certa feita", diz um trecho do livro, "no ano de 1881, a princesa Isabel fingiu não ouvir os lamentos das senzalas e dos republicanos. Recém-chegada de uma viagem à Europa em companhia de seu marido, o Conde D'Eu,  Isabel evitou o clamor que já dominava as ruas do Rio de Janeiro e partiu para um refugio na residência imperial na região serrana de Petrópolis.
Em outra oportunidade, Isabel manifestou seu deboche com as cobranças de sua aia, a condessa de Barral, Luiza de Barros Portugal, que cuidou de sua educação na juventude e que era a favor do fim da escravidão:
"Que demônio pode ter lhe contado tantas coisas, querida? São os horríveis artigos do José do Patrocínio? Se você não pode ignorá-los, mostre que eles lhe são desagradáveis".
Alheia à política, nas cartas da princesa Isabel ela demonstrava que não gostava nem da palavra, a seu ver "entediante".  
Mary Del Priori mostra em "O Castelo de Papel" que até os sentimento de Isabel para com o Brasil eram poucos. Seu marido, o Conde D'Eu, mostrava um sentimento bem mais palpável de que a "redentora".
O livro-documento, que já se encontra  em livrarias, serve para desmitificar aquela que mesmo sendo a autora da lei que libertou os escravos no Brasil, tratava seus empregados escravos nominando-os discriminadamente: "Marta, negrinha do quarto; Francisco Cordeiro, preto do quarto; Minervina, lavadeira; José Luís, preto músico e Antonio Sant'Ana, preto que me serviu algum tempo".
Isabel era racista escancaradamente. Os negros não têm nada que comemorar com essa libertadora de araque, que assinou a Lei Áurea para se manter na riqueza exploradora e evitar a animosidade entre escravos e donos de terras que davam sustentação à Coroa.

26 comentários:

  1. ALGUÉM TERIA DE LIBERTAR OS NEGROS

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  2. Agora, ficou ainda mais claro, porque a abolição não trouxe os benefícios esperados, já que os negros não receberam terras para plantar. Muitos permaneceram nas fazendas, trabalhando da mesma forma que antes, outros ao rumarem para as cidades em busca de empregos, foram preteridos pelos empresários que optavam por empregar os imigrantes europeus, restando aos negros os piores trabalhos, os menores salários e moradias precárias. A maioria dos libertos foi posta à margem da sociedade. Algo que nos leva a refletir sobre o sentido da palavra marginalizado e como ao longo do tempo ela foi associada à imagem do negro pobre, sem dinheiro, sem instrução e sem apoio do governo. A abolição não garantiu os direitos mínimos de cidadania. Simplesmente lastimável!

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    1. Para ficar mais claro ainda, é bom lembrar que o Império pretendia distribuir aos libertos as terras nas margens das ferrovias; que existiam pelo menos dois projetos em andamento nesse sentido; que um dos defensores dessa reforma agrária era nada menos que André Rebouças, mulato, engenheiro e amigo pessoal da Princesa; que a República foi um Golpe Militar apoiado pelas oligarquias escravistas que pretendiam uma indenização pela perda da mão de obra escrava, indenização negada pelo Império; que o golpe da república aconteceu pouco tempo após a Abolição; que o Poder foi tomado pelas oligarquias escravistas, que empurraram os libertos para as favelas. "A abolição não garantiu os direitos mínimos" é mimimi de professor esquerdista que ensina a História pela metade para denegrir o Império (pensa que Império = imperialismo e capitalismo), mesmo que precise elogiar as oligarquias escravocratas republicanas - cujos sucessores estão no poder até hoje.

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    2. Essa foi a coisa mais ignorante que já li a respeito do assunto.
      Coisa da esquerda destruidora da história real do Brasil.A família real saiu sem grana e praticamente espulsos do paīs.

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  3. O livro se chama "O castelo de Babel"

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  4. Que absurdo! Mary del Priore não é uma historiadora confiável: Mostra-se claramente um viés esquerdista em seus livros. Nota-se que ela sente um grande prazer (como certos políticos de hoje em dia) em distorcer fatos, textos e diálogos para dar-lhes em caráter "anti-democrático" ou moldá-los ao seu bel-prazer.

    Quem quiser conhecer bem a "notícia" acesse e baixe gratuitamente o encarte em PDF sobre a abolição aqui:
    http://www.senado.gov.br/noticias/jornal/arquivos_jornal/arquivosPdf/encarte_abolicao.pdf

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    1. Exatamente. Mas não é prazer, é estratégia mesmo. Eles destroem a História do Brasil, sujando tudo. É o projeto de desmonte da nacionalidade, para que o povo desgoste do Brasil e aceite mais facilmente o projeto da pátria grande bolivariana. A Princesa Isabel incomoda, porque prova que uma enorme conquista social pode ser conseguida por meios legais, que pessoas de classes e raças diferentes podem lutar pelos interesses umas das outras, e que nem tudo se consegue pela violência, pelo ódio e pela "luta de classes".

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    2. Quanta besteira.... a elite imperialista fazendo a defesa.

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    3. Ah ta, um bando de gente que não estudou História em ma academia desmerecendo anos de estudos de uma estudiosa no assunto. A Mary não é confiável, mas a fonte citada no site do senado é? Historinha oficial, nos poupe!

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  5. como assim a Mary não é confiável ? kkkkkkkk então as cartas que a princesa Isabel escrevia tbm não são confiáveis ? Pq a todo tempo a historiadora usa como fonte as cartas, e nelas fica bem claro o tédio de Isabel em ficar como regente do nosso querido Brazeeel.

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    1. As tais cartas citadas não dizem absolutamente nada. Uma vida inteira de luta é anulada por uma ou duas frases irritadas, e bem vagas por sinal. A tal escritora vende muitos livros assassinando a reputação de personagens históricos brasileiros.

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    2. Ela é sim uma heroína de ataque. Acorda Brasil. E se vc tá defendendo e oq faz parte da elite.

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    3. O que eles têm a dizer sobre isso?

      11 de agosto de 1889 - Paço Isabel

      Corte midi


      Caro Senhor Visconde de Santa Vitória,

      Fui informada por papai que me colocou a par da intenção e do envio dos fundos de seu Banco em forma de doação como indenização aos ex-escravos libertos em 13 de Maio do ano passado, e o sigilo que o Senhor pediu ao presidente do gabinete para não provocar maior reação violenta dos escravocratas. Deus nos proteja se os escravocratas e os militares saibam deste nosso negócio, pois seria o fim do atual governo e mesmo do Império e da Casa de Bragança no Brasil. Nosso amigo Nabuco, além dos Srs. Rebouças, Patrocínio e Dantas, poderão dar auxílio a partir do dia 20 de Novembro, quando as Câmaras se reunirem para a posse da nova Legislatura. Com o apoio dos novos deputados e os amigos fiéis de papai no Senado, será possível realizar as mudanças que sonho para o Brasil!

      Com os fundos doados pelo Senhor, teremos oportunidade de colocar estes ex-escravos, agora livres, em terras suas próprias, trabalhando na agricultura e na pecuária
      e delas tirando seus próprios proventos. Fiquei mais sentida ao saber por papai que esta doação significou mais de 2/3 da venda dos seus bens, o que demonstra o amor devotado do Senhor pelo Brasil. Deus proteja o Senhor e toda a sua família para sempre!

      Foi comovente a queda do Banco Mauá em 1878 e a forma honrada e proba, porém infeliz, que o Senhor e seu estimado sócio, o grande Visconde de Mauá, aceitaram a
      derrocada, segundo papai tecida pelos ingleses de forma desonesta e corrupta. A queda do Sr. Mauá significou uma grande derrota para o nosso Brasil!

      Mas não fiquemos mais no passado, pois o futuro nos será promissor, se os republicanos e escravocratas nos permitirem sonhar mais um pouco. Pois as mudanças que
      tenho em mente, como o senhor já sabe, vão além da liberação dos cativos. Quero agora me dedicar a libertar as mulheres dos grilhões do cativeiro doméstico, e isto será possível através do Sufrágio Feminino. Se a mulher pode reinar também pode votar! Agradeço vossa ajuda de todo o meu coração e que Deus o abençoe!

      Mando minhas saudações à Madame a Viscondessa de Santa Vitória e toda a família.

      Muito de coração,

      ISABEL

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Alguém sabe onde (se existir) ,em pdf, epub baixar um livro que aborde de modo completo as cartas e/ou o diário da princesa Isabel. Já procurei na web, mas o que encontro é apenas resenha, artigos de opinião, coisas que já li. Eu quero a obra completa, se estiver,nesses formatos, disponível na web.

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    1. Exatamente, é preciso buscar a informação na fonte. Porque não dá para confiar na "interpretação" de autores tendenciosos, que catam o que interessa, aumentam a importância do que lhes convém e escondem o que vai atrapalhar a sua versão dos fatos.

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  8. A Princesa Isabel era abolicionista. Os republicanos no Brasil é que eram os escravocratas. Leiam a carta que ela escreveu ao Visconde de Santa Rita e depois venham com essas asneiras. Me poupem.

    Isso porque ela também queria Reforma Agrária e Indenização aos negros. Pena que as escolas não contam isso e preferem tratar o Tiradentes como herói nacional.

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    1. Incluindo o autor desse texto deveria se informar melhor. Iludido com o republicanismo esquizofrênico brasileiro. Como o texto em questão foi escrito em 2013 e aqui comento apenas em 2015, espero que tenha tido mudanças em sua forma de pensar. Pois precisa.

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  9. Quem escreveu esse livro é uma grande imbecil. É uma pessoa negando o que todas as outras afirmaram categoricamente. Isabel era grande aliada de José do Patrocínio, que inclusive liderou uma legião de ex-escravos na chamada Guarda Negra para promover o monarquismo. Eles criaram um verdadeiro culto religioso a ela que ficou conhecido como isabelismo. Para quem ainda duvida, eis o que ela disse em uma das últimas cartas que escreveu antes do golpe de 15 de novembro (notem que ela menciona Patrocínio na carta):

    11 de agosto de 1889 - Paço Isabel

    Corte midi


    Caro Senhor Visconde de Santa Vitória,

    Fui informada por papai que me colocou a par da intenção e do envio dos fundos de seu Banco em forma de doação como indenização aos ex-escravos libertos em 13 de
    Maio do ano passado, e o sigilo que o Senhor pediu ao presidente do gabinete para não provocar maior reação violenta dos escravocratas. Deus nos proteja se os
    escravocratas e os militares saibam deste nosso negócio, pois seria o fim do atual governo e mesmo do Império e da Casa de Bragança no Brasil. Nosso amigo Nabuco,
    além dos Srs. Rebouças, Patrocínio e Dantas, poderão dar auxílio a partir do dia 20 de Novembro, quando as Câmaras se reunirem para a posse da nova Legislatura. Com
    o apoio dos novos deputados e os amigos fiéis de papai no Senado, será possível realizar as mudanças que sonho para o Brasil!

    Com os fundos doados pelo Senhor, teremos oportunidade de colocar estes ex-escravos, agora livres, em terras suas próprias, trabalhando na agricultura e na pecuária
    e delas tirando seus próprios proventos. Fiquei mais sentida ao saber por papai que esta doação significou mais de 2/3 da venda dos seus bens, o que demonstra o amor
    devotado do Senhor pelo Brasil. Deus proteja o Senhor e toda a sua família para sempre!

    Foi comovente a queda do Banco Mauá em 1878 e a forma honrada e proba, porém infeliz, que o Senhor e seu estimado sócio, o grande Visconde de Mauá, aceitaram a
    derrocada, segundo papai tecida pelos ingleses de forma desonesta e corrupta. A queda do Sr. Mauá significou uma grande derrota para o nosso Brasil!

    Mas não fiquemos mais no passado, pois o futuro nos será promissor, se os republicanos e escravocratas nos permitirem sonhar mais um pouco. Pois as mudanças que
    tenho em mente, como o senhor já sabe, vão além da liberação dos cativos. Quero agora me dedicar a libertar as mulheres dos grilhões do cativeiro doméstico, e isto
    será possível através do Sufrágio Feminino. Se a mulher pode reinar também pode votar! Agradeço vossa ajuda de todo o meu coração e que Deus o abençoe!

    Mando minhas saudações à Madame a Viscondessa de Santa Vitória e toda a família.

    Muito de coração,

    ISABEL

    Parem de tentar deturpar a nossa historia. Pedro II foi um grande herói nacional e o maior estadista que já tivemos, e Isabel teria seguido o seu exemplo se tivesse tido a chance de reinar.

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  10. A princesa Isabel, não gostava dos republicanos, mas ela era contra sim a escravidão. A família Imperial não se sentia bem com o Brasil de escravos. Os republicanos que se diziam "abolicionistas" usou a lei áurea para acabar com o império, poi ficou justificando aos coronéis que a família imperial acabou com a economia do país ao abolir a escravidão. A família imperial foi injustiçada. Dom Pedro I, Dom Pedro II e a Princesa Isabel eram abolicionistas.

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  11. O que vejo!? Débeis mentais defendendo a monarquia em pleno 2017

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    1. Quem é o débil mental? Nós, com fatos e argumentos sólidos, com todos os países que atualmente são parlamentos monárquicos; ou você que até agora só nos xingou?

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  12. Quem escreveu este livro deve ser uma comunista sem vergonha que como sempre invertem os textos históricos e lhes dão uma roupagem marxista que serve para iludir os incautos leitores.

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  13. Isabel era uma racista como e a sociedade brasileira ate os dias atuais ,belo texto ,princesa isabel tirou o coorpo fora porque se nao assina tb ,havia o medo de represalias vindas dos escravos ,ja estavam acontecendo ,o norte dos Eua e o Haiti (como fez no chile) poderia invadir aqui e a coisa iria ficar pior ainda ,ela assinou meio que a contragosto ,nao foi redentora de nada ,pois o negro continuou e ainda continua ,relegado ao nada

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