terça-feira, 26 de março de 2013

Tapetão, virada de mesa ou "canetada"

Não adianta as explicações do coronel Antonio Carlos Nunes, de Paulo Romano, diretor técnico da FPF, tampouco do principal beneficiado, o Clube do Remo, sobre o adiamento das duas partidas, que já estavam definidas para amanhã, para a quinta-feira, e da mudança de local do jogo do Santa Cruz de Cuiarana, que antes estava marcado para o Parque do Bacurau e de repente -não mas que de repente- voltou para o Estádio Mangueirão.
O inusitado de toda essa questão, é que o Parque do Bacurau, onde o Santa Cruz jogaria amanhã contra o Paysandu, que de repente foi interditado, segundo o Comando de Policiamento da Capital, pelo Corpo de Bombeiros, sob a alegativa de que não tem condições de receber jogos oficiais, funcionou para todos os jogos do Cametá, inclusive no domingo, contra o Santa Cruz. Isso, com,certeza, é ilegal, porque quando se deseja  transferência do local de um jogo, é necessário que a solicitação seja feita com pelo menos 10 dias de antecedência. E isso requer toda uma burocracia.
A estranha reunião, com visível interesse em beneficiar  no caso o Clube do Remo, que é quem está mais na onça para conseguir a classificação, se muda de local, de horário e de dia sem a consulta de todas as equipes participantes, na calada da noite, numa simples canetada,  uma autêntica virada de mesa, que lembra os velhos tempos em que se conseguia tudo nas federações e até na Confederação, na base da politicagem, no tapetão.
Na reunião de ontem, que foi feita às pressas, só foram convidados os dois considerados "donos do futebol paraense": Remo e Paysandu.  A Tuna participou da tal reunião na marra, na última hora, graças a alguns telefonemas que cruzmaltinos interessados fizeram para a diretoria do Clube, solicitando ao presidente que a Tuna não deveria ficar fora desse encontro, pois talvez a Águia do Souza  fosse, se não estivesse presente, a mais prejudicada.
A mesa está virada, a FPF e o próprio Paysandu vão lutar para que o Remo não caia. Fica mais uma vez caracterizado que o critério técnico, a competência dos clubes que disputam o Parazão, não são respeitados. O que vale são as rendas. Para a FPF, principalmente, pois para a "madrasta", só os dois podem vencer, só os dois podem ganhar títulos.
Qual o moral que a FPF vai ter para argumentar negativamente quando uma equipe, por qualquer problema, solicitar a mudança de horário ou de local de um jogo?

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