sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Remo e Paysandu: será que vai ter espetáculo?

Não acredito que Remo e Paysandu, no primeiro jogo deles do ano, amanhã, no Mangueirão, pela quarta rodada do Parazão, promovam o espetáculo que todos esperam, inclusive a Grande Imprensa.
Na visão deste escriba, as duas equipes estão ainda em formação, e mesmo que estejam na ponta da tabela -Remo com aproveitamento 100 por cento nos três jogos, e Paysandu com duas vitórias e um empate- o jogo deverá ser nervoso, com ambas as equipes, principalmente no início da contenda, preocupada em não tomar gols, e isso, com certeza, atrapalhará o espetáculo.
Pelas conversas que temos mantido com torcedores das duas equipes e pelos comentários até de torcedores experiementados, notamos que é lugar comum eles encontrarem falhas nas equipes adversárias. Não vejo a coisa assim. A meu ver, os dois times estão muito parecidos. Certo que o Remo, que tem um time praticamente todo novo, venceu todas as três partidas que disputou, mas ainda deve muito em termos de exibição, de concatenação. E se analisarmos sem a tendência natural do torcedor, veremos que o time azulino ainda não convenceu. 
Venceu o Santa Cruz de Cuiarana no primeiro jogo, com escore apertadíssimo, mostrando pouca criatividade e nenhum entrosamento. A vitória foi na base da raça, da vontade. O segundo jogo, contra a Tuna, foi uma partida bem equilibrada, embora com lances de ligeira vantagem da Aguia. No final, o escore, mesmo que não tenha mostrado a realidade do jogo, foi a vitória remista. Mas foi uma partida que o time de Flávio Araújo só mostrou força de vontade, muito empenho, e isso animou os torcedores. No terceiro jogo, contra o Cametá, na segunda-feira, o Remo foi completamente envolvido no primeiro tempo. Não conseguiu mostrar ainda o esperado entrosamento que proporcionasse uma superioridade ao adversário. Certo que no segundo tempo melhorou. Mas ainda não é o time que o torcedor quer.
O Paysandu está na mesma situação. Mesmo que Lecheva conte com boa parte do elenco que subiu para a Série B, ainda não conseguiu formatar para  a equipe um estilo de jogo convincente. Nos três jogos pelo Parazão, se deu mal no primeiro dentro de próprios seus domínios contra o São Francisco, que depois de estar perdendo por 2 a 0, empatou com o time bicolor. Na segunda partida, o Paysandu conseguiu vencer o Paragominas fora de casa,  numa partida em que a vitória apertada por 2 a 1, não convenceu ao técnico Lecheva nem a torcida, que só acreditou na vitoria no final do jogo.
No terceiro jogo, domingo, contra o Águia, o Paysandu goleou impiedosamente o time de João Galvão. Mas o Águia não serve de parâmetro para time nenhum. Está completamente perdido em todas as suas partidas, graças ao pouco tempo que o técnico teve para arrumar a equipe, além das poucas contratações que fez. "O Águia está trabalhando na base da boa vontade da diretoria, Comissão Técnica e jogadores. Não tem dinheiro e tem que trabalhar com a realidade", diz João Galvão.
Os dois artilheiros do Paysandu, João Neto e Rafael Oliveira, cada um com quatro gols, não significam muito, pois fazer gols no Águia é uma coisa, num time melhor preparado é outra. Também os artilheiros do Remo, Val Barreto e Paulista, além de Leandro Cearense que ainda não marcou, só vão significar quando pegarem  melhores adversários.
Palpite para o jogo? empate. Quando o nível é igual ou muito parecido, não se pode apontar tendência favorável. Se houver vitorioso, imagino que não será por um escore grande. É jogo com cara de empate mesmo.

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