sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Pleito indireto reelege Cabeça no Remo

A reeleição de Sérgio Cabeça e seu grupo para a presidência do Clube do Remo já eram favas contadas. Os veteranos cardeais sempre seguem, infelizmente, por uma cartilha conservadora. Não gostam do debate, não querem disputa, embora todos os caminhos mostrem que a disputa democrática é sadia. 
No Remo, mesmo que a eleição tenha sido pelo Conselho Deliberativo, onde votam GBs, Beneméritos e Conselheiros, esperava-se uma votação um pouco maior para Roberto Macedo, tradicional remista com pelo menos 60 anos como ativo torcedor. Achei a diferença muito grande pela história de Macedo no Remo.
Mas creio que o próprio Macedo sabia que era praticamente impossível ganhar do atual mandatário, que fez um movimento com os conselheiros e antecipadamente já sabia que ia ganhar o pleito.
Na visão deste escriba, o que aconteceu recentemente com o Paysandu, elegendo o novato Vandick Lima e no Remo, onde mesmo que Sérgio Cabeça tenha sido reeleito mas ficou demonstrado pelos votos de Roberto Macedo e, principalmente, pelas faixas de protesto na frente do Clube, é que existe um forte sentimento de mudanças. Os associados,  torcedores e até parte de GBS e Beneméritos não querem mais dirigentes que são eleitos por uma força maior conservadora e ao sentar na cadeira de presidente, apesar das muitas promessas, pouco fazem pelo clube.
Isso acontece na Tuna Luso Brasileira, no Paysandu e no Clube do Remo. Na Tuna, embora a eleição tenha sido pelo processo direto, os dirigentes são apoiados por forças que têm o poder de decisão mas que por não conhecerem a real situação da agremeação, apoiam o nome que os cardeais mais presentes no clube  apontam. O resultado é que as administrações são desastrosas, não somente no futebol amador e profissional, mas em todos os setores, chegando até à parte social, onde o clube é forçado a abrir suas portas para festas populares com um público totalmente estranho, pois os frequentadores não são sócios e não têm responsabilidade nem tampouco amor às cores da agremiação.
A eleição no Remo pode ter sido pelo última vez pelo processo indireto. Daqui a dois anos certamente os três grandes clubes da capital já poderão dar o sagrado direito ao associado de escolher democraticamente o gestor de seu clube. Certamente alguns cardeais ainda terão força para influir, mas a voz do associado, que é o povo, poderá decidir pelo que ele achar melhor para ser o gestor de seu clube e eleger um nome realmente comprometido com todos os setores da agremiação.

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