terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quase certo Remo e Paysandu na mesma

A disputa eleitoral para a presidência de Remo e Paysandu chegou à esfera da política propriamente dita. No Remo, a torcida e até alguns Beneméritos torciam para que Sérgio Cabeça não tentasse a reeleição, já que ele está queimado pelas "poucas e nada boas" que fez nos últimos dois anos, além das últimas notícias sobre seus problemas pessoais, envolvendo justiça, etc., que fizeram com que até cardeais que torciam por ele, abandonassem o barco furado. Mas o homem agora decidiu ser candidato, e aí tudo muda de figura.
No Paysandu a situação é talvez, um pouco pior. Amado, idolatrado e salve, salve pela maioria dos torcedores, o ex-jogador e atualmente vereador Vandick tem tudo para ser o novo mandatário bicolor. Tinha tudo, aliás.  O grupo ligado ao presidente Luiz Omar Pinheiro esquentou as turbinas e lançou o nome de Victor Cunha, vereador eleito por Belém e politico de carteirinha, sem vivência no futebol, mas com apoio de Luiz Omar e de outros nomes conhecidos nas hostes bicolores, como Ambire Gluck Paul, seu candidato a vice.
Com o atual presidente na disputa, a situação no Clube do Remo tende ao continuismo, já que as eleições são indiretas e o candidato a reeleição Sérgio Cabeça tem grande parte do Conselho Deliberativo a seu favor. 
É muito ruim para o Remo essa grande possibilidade de Cabeça permanecer na presidência, ou seja, vão continuar "as mesmas flores, os mesmos jardins". Complicado, porque mesmo que Roberto Macêdo, o candidato de oposição, não seja uma grande novidade em termos de Remo, pois até o presente não mostrou sua plataforma de governo, certamente se eleito seria uma boa oportunidade do clube azulino mudar algo, pois os dois últimos presidentes, Amaro Klautau e o atual, Sérgio Cabeça, pouco fizeram em termos de crescimento e modernização administrativa na agremiação. Ao contrário, foram de uma mesmice e deslizes que culminaram com nenhum  turno ganho na gestão de Klautau e na de Cabeça a perda do título regional para o Cametá dentro de casa, a estranha negociação da vaga para a Série D e posteriormente a vergonhosa campanha. Sem se falar nas contratações e nos vexames jurídicos que praticamente fizeram com que o Benemérito Ronaldo Passarinho decidisse de vez afastar-se da gestão do clube 
No Paysandu a eleição direta pouco ajudará Vandick e em quase nada atrapalhará os planos de Luiz Omar e seu candidato. É que dos 1000 associados, nem 300 estão aptos a votar, e mesmo assim em uma eleição nova como é essa do Paysandu, além de não existir propaganda que mostra ao associadoque ele tem direito  a votar, os poucos que sabem, não se interessam em ir. Os que vão são os mesmos presentes em todas as eleições do clube, além dos que são "levados" pelos interessados.
Por tudo isso, na visão deste escriba, mesmo que Vandick seja o nome ideal para o Paysandu, apesar de ser um político conservador, mas pelo que tenho acompanhado, para o futebol tem boas e novas idéias, a situação é muito difícil para ele. Enquanto Victor Cunha, que é o continuismo, a mesmice, além do possível autoritarismo direitista dentro do comando do futebol, é o que está mais próximo de substituir Luiz Omar. 
No Remo, muito difícil Cabeça perder essa. Como também, com a continuação de Cabeça, está muito complicado para o Remo sair do atoleiro em que está. 
A situação de Remo e Paysandu lembra muito a situação da Tuna: associados ou conselheiros que pouco vão ao clube (alguns passam até 10 anos sem ir), numa situação de eleição são praticamente levados a votar. Chegam alguns dirigentes até a isentá-los de qualquer pagamento em atraso. O importante é o voto.  Para torcedores e até associados, é mais fácil reclamar. Enquanto para os que realmente decidem, não importa muito o destino das sofridas agremiações.

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