Ex-tunante elimina Remo. E agora?

A derrota por 2 a 0 ontem para o Mixto-MT deixou o Clube do Remo em situação complicada na luta pela classificação, ou seja, bem distante do sonho de ascender à Série C. Nonato, artilheiro do Mixto com os dois gols que podem ter transformado o sonho remista em pesadelo, é paraense e um velho conhecido nosso, pois começou sua carreira na base da Tuna, saindo da Lusa com 17 anos,  partindo para o Bahia, onde brilhou no Tricolor da Boa Terra por alguns anos, sendo campeão e o Artilheiro do Século do tricolor baiano

Sempre achei complicado esse negócio de técnico de fora chegar no clube em pleno período decisivo, tipo mata-mata. O que aconteceu com o mesmo Remo em 2011, quando trouxeram Givanildo para "salvar a lavoura", repetiram agora com Marcelo Veiga, que pegou o time já montado, trouxe dois jogadores, teve a felicidade de vencer o jogo passado inclusive com um gol feito por um deles, mas ontem não conseguiu um bom resultado que pudesse dar uma certa tranquilidade para a partida de volta em casa.

Não é o momento para se criticar técnico ou diretoria, mesmo porque ainda existe possibilidade de uma reversão do quadro (embora seja muito difícil). Mas, a meu ver, o Remo não deveria ter trazido um técnico de fora com tanta rapidez. Poderia ter pensado numa solução caseria quando mandou o grosso Edson Gaúcho embora. O ideal era um técnico que já conhecesse o elenco, sabia das peculariedades do time e como fazer para chegar à decisão em casa com tranquilidade.

Nonato sempre foi artilheiro

Agora, que a situação se complicou, até o nome do técnico Marcelo Veiga está em jogo, pois como o Remo possui  um grande elenco, e as escalações que Veiga tem feito não agradam 100% à Imprensa, vão aparecer as críticas culpando esse ou aquele jogador ou mesmo -por tabela- o próprio técnico, colocando o pouco tempo que teve para conhecer a equipe e assim escalar um time melhor.

Acho a Série D, para a questão do acesso,  um pouco mais difícil que a Série C, pois mesmo que as equipes sejam desconhecidas -pelo menos no Grupo em que o Remo esteve-  possuem quase o mesmo nível técnico e quando jogam em seus domínios crescem. Também o número de clubes -40- dificulta muito   a ascensão. Mesmo assim, sempre achei que o Remo era para ser o maior destaque nesse campeonato, principalmente pela sua história, pelos seus valores. Mas lamentavelmente a equipe paraense sempre esteve na regularidade. Nunca foi essa "cocacola" toda.

A situação do Remo -repito- é difícil, muito complicada para o jogo do final de semana. Em 2012 a equipe azulina já teve várias vezes o jogo de "vida ou morte". Conseguiu se superar. No domingo terá mais uma vez uma decisão, para este escriba, a mais complicada do ano. Se vencer pela diferença de três gols -podem anotar-, mesmo que o adversário da próxima fase seja o Sampaio Correia, o time azulino vai passar. O verdadeiro jogo de "vida ou morte" será o de domingo  contra o Mixto.