quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sobre Mano, Romário e a Seleção

Não será surpresa para nenhum brasileiro amante de futebol a queda de Mano Menezes na primeira derrota da Seleção, embora os próximos jogos sejam amistosos, sem importância. Mano vem sendo fritado desde bem antes das olimpíadas e a não conquista da medalha de ouro pelo Brasil na competição de Londres só trouxe tormentos para o boa gente Mano.
Notaram o "boa gente", não é? Pois é, acho Mano um cara simático, educado, fino, mas como técnico, apenas um  treinador de time de segunda e poucos de primeira divisão. Além do aspecto frio, Mano pouco mexe na equipe, não se movimenta durante o jogo, não grita pedindo raça, empenho dos atletas. Esse jeito sempre sisudo durante as partidas o tornam um profissional sem o perfil adequado para dirigir a Canarinha. No geral, Mano possui  aspectos bem negativos para um comandante de Seleção Brasileira.
Dirigir a Seleção Brasileira para os exigentes 190 técnicos-torcedores brasileiros é coisa muito séria. Se dirigir uma grande equipe nacional já é um problema (basta passar três jogos sem vitória para começar a perseguição), imagine ser o técnico da nossa seleção!.
Mas mesmo com todos esses problemas de Mano Menezes, nada dá  o dá direito ao seu Romário -um ex-excelente jogador, mas um atleta problemático, criador de casos com técnicos, dirigentes, companheiros, além de ser um homem polêmico, "fritador de técnicos"-, de chamar o técnico da Seleção Brasileira de idiota, imbecil e duvidar de sua idoneidade moral.
Falar que Mano não possui a experiência e a competência de um Tite, um Muricy ou um  Wanderley Luxemburgo é um coisa, mas entrar no mérito de atacar o técnico em sua vida pessoal é completamente diferente.
Não gosto do trabalho de Mano. Mas também nunca gostei de Romário como  atleta. Sempre foi irresponsável, treinava quando queria e chegou a prejudicar algumas equipes que jogou, porque criava problemas com técnicos, talvez pelo seu poderio econômico. Foi assim no Flamengo, por exemplo, quando junto com Edmundo e Sávio não renderam muito bem e o chamado "Ataque dos sonhos" virou "pesadelo". do Mais Querido. Luxemburgo teve um sério atrito com ele.
Criou uma confusão com Zagalo e Zico, acusados por ele te o terem cortado da Seleção. Como vingança desenhou caricatura dos dois no sanitario de uma casa noturna que possuía. Jogar fora do Rio para ele sempre foi um problema. Não gostava de jogar no Norte nem no Nordeste e muitas vezes foi mal educado com pessoas que lhe pediam autógrafos.
Romário sempre foi extremamente boçal e chegou a ser acusado até por pessoas ligadas a ele de ser mal caráter. Certa feita expulsou de um imóvel seu, pessoas de sua própria família. Por adorar criar casos  e criar polêmicas do nada,  acredita-se que  isso possa ser, também, uma maneira de aparecer, estar na mídia.
Como comentarista nas olimpíadas, só passou a falar mal de Mano Menezes depois da derrota da Seleção. 
Tudo bem que Mano é limitado. Mas é uma pessoa educada, civilizada, séria, que como cidadão merece todo o respeito. Acho que tranquilamente poderia ser um bom supervisor. Não tem o perfil de um técnico da seleção, mas mesmo assim, em termos de competência está no nível do tal Felipão -que Romário apontou como um bom substituto.
No episódio das baixarias de Romário -tudo porque Mano disse que ele era oportunista-, Romário aproveitou o microfone para desencadear agressões verbais a Mano, esquecendo o cidadão, o pai de família toda a problemática que o técnico iria viver após a derrota em Londres.
Como coloquei no início da postagem, Mano certamente não emplaca 2013 na Seleção. Mas é importante que não seja Romário o responsável pela sua queda. Mesmo porque, o complô contra Mano envolve além do marrento Romário, o grosso gaúcho Scolari, que não deu certo no Palmeiras (está afundando o pobre verdão), mas sua vaidade e o apoio de "viúvas" podem levá-lo de volta à Seleção. Aí será o fim!
Defendo que haja uma mudança na Seleção Brasileira. Mas que haja critérios técnicos. Não é só porque um técnico ganhou uma partida, um titulo e seja logo premiado com a Selelção Brasileira. É necessário que seja observado o trabalho profissional que foi feito ao longo de anos, as vitórias, os títulos. E que tenha personalidade, para não se deixar envolver por oportunistas e nem mesmo pelo presidente da CBF.
Não é preciso ser um carneirinho, mas jamais um sargentão, um elemento  policialesco, que não respeita jogadores, Imprensa e se acha o famoso "rei da cocada preta".

Nenhum comentário:

Postar um comentário