Candidatos a prefeito de Vigia impugnados

O município de Vigia, na região do Salgado, vive um momento inusitado nessas eleições que acontecerão em 7 de outubro. Até o presente, os três candidatos que disputam a prefeitura estão com seus nomes impugnados, aguardando liberação pelo Tribunal, ou seja, até o momento Vigia não tem candidato a prefeito.

Marlene Vasconcelos, Mauro Alexandre e Noé Palheta, os três candidatos a prefeito de Vigia, estão impossibilitados de fazer campanha, pois não sabem se seus nomes serão liberados para a disputa.

Marlene Vasconcelos, 60 anos, é a candidata do PSDB na coligação denominada "Compromisso com Vigia". Ela enfrenta problemas de contas não aprovadas pelo Tribunal de Contas da União, oriundos de sua gestão que terminou em 2006.  Marlene na época fez convênio para construção do estádio de futebol da Vigia, não construiu e foi citada pelo TCU para devolver os valores corrigidos. Ela solicitou prazo para regularização mas não conseguiu e agora está impugnada para disputar a eleição municipal.

Além da impugnação por problemas de prestação de contas, a candidata do PSDB sofre também críticas por não ser natural do município, segundo alguns de seus críticos, por isso pouco que fez pelo município em suas gestões.

Mauro Alexandre, do PMDB, é o candidato mais novo à Prefeitura de Vigia. Com 31 anos, natural de Belém, Mauro é sobrinho do ex-deputado e ex-presidente da Assembléia Legislativa Domingos Juvenil, envolvido num escândalo de desvio de verbas e funcionários fantasmas. O peemedebista é candidato pela coligação "Renovação e experiência por amor à Vigia". É vereador no município e não tem problemas com o TCU, mas como é servidor público deveria ter se desincompatibilizado de suas funções, segundo o juiz, quatro meses antes do pleito. Só que Mauro só se desincompatibilizou em Julho, três meses antes.

Já o candidato Noé Palheta, de 59 anos, e que é o atual prefeito de Vigia, candidato à reeleição pela coligação "O trabalho continua", está com vários problemas com o Tribunal de Contas. Noé tem que devolver aos cofres públicos quase um milhão de reais.  É o prefeito atual, considerado o mais forte dos três candidatos, porque segundo alguns vigienses, "trabalhou mesmo, fez muita coisa, embora o salário dos funcionário da Prefeitura não sejam pagos religiosamente em dia", como comentou uma professora. Já Marlene, que segundo a mesma professora, pouco fez pelo município, "pagava os salários sempre na data certa".

A briga maior está entre Marlene e Noé. Mas como os dois estão bem enrolados com o TCU, Mauro Alexandre, do PMDB,  que corre por fora e luta para conseguir provar que a desincompatibilização não é de quatro meses antes do pleito, mas de três, e com isso "dar o bote" nos dois veteranos políticos de Vigia. Aviso aos navegantes: muitos vigienses acreditam que nenhum dos três candidatos vai ficar de boa.