quarta-feira, 6 de junho de 2012

Voto aberto pode "estrear" com Demóstenes

Os integrantes do Congresso Nacional ganham a grande chance de mostrar que as duas casas -Câmara e Senado- são responsáveis, éticas e que os seus membros -mesmo que existam cachoeiras de sujeira na vida de alguns dos seus  integrantes- querem de volta o -perdido- respeito do povo do brasileiro.
E isso pode acontecer já na próxima semana, quando o presidente do Senado, senador José Sarney, depois de sofrer pressão de seus pares, levará à votação as PECs (propostas de emenda constitucional) que há muito tramitam na Casa. As propostas, que são polêmicas na visão de alguns integrantes da casa, determinam o voto aberto para casos de cassação de mandatos de parlamentares. 
A decisão de Sarney já começou a gerar "disse-me-disse" na Casa, pois mesmo que boa parte dos senadores defendam o voto aberto, muitos acham que a mudança do sistema usado hoje, quando ninguém é obrigado a mostrar seu voto, vai gerar constrangimento em alguns e, principalmente, decepção em outros.
A bola da vez hoje para ser julgado é o senador goiano Demóstenes Torres, amigo pessoal do contraventor Carlinhos Cachoeira e do governador "rei da maracutaia" Marcondes Perilo, do PSDB. Mas mesmo que o presidente do Senador José Sarney coloque a votação e ela seja aprovada, ainda terá que passar pelo aval da Câmara dos Deputados para entrar em vigor e já valer no processo de Demóstenes Torres.
Como Demóstenes já deixou claro que espera que seja julgado "não o seu presente, mas o seu passado", muitos parlamentares tanto do Senado como da Câmara, por amizade e respeito ao ex-ético senador, poderão, por ora, vetar a aprovação, ficando, os que querem "matar a cobra e mostrar o pau", na saudade no julgamento do senador.
Penso que, na atual conjuntura, em que pressão por cima de pressão, tanto popular como no próprio Congresso pedem a cassação de Demóstenes Torres, é até melhor que seja feito um rápido estudo por parte de alguns membros das duas casas, no sentido de avaliar o que é melhor hoje: o voto secreto ou aberto.
O importante é que o perigoso senador goiano seja cassado. E se possível, varrido definitivamente da vida pública nacional. Será uma maneira do povo ainda acreditar -pelo menos um pouco- nos políticos de nosso país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário