sexta-feira, 1 de junho de 2012

A "comédia política" da CPI do Cachoeira

A vida política brasileira está um verdadeiro show da vida, mesmo sem ser fantástic. Primeiro um senador metido a sério, tido e havido como paladino da ética em todos os campos da politica; um dos maiores críticos dos partidos de esquerda, de repente -não mais que de repente- surge como o maior amigo e maior beneficiado do contraventor e bicheiro número um do Brasil, Carlinhos Cachoeira.
Depois, um ministro do STF, defensor de banqueiro corrupto, criticado por ser louco por mídia e "amante dos holofotes", tido e havido como uma pessoas extremamente vaidosa, vai à imprensa, no caso à uma revista de circulação nacional, mas sem a mínima credibilidade, para fofocaiar que um ex-presidente respeitado e querido por 80 por cento da população brasileira, tentou corrompê-lo.
O pau quebrou e o deputado baixou o nível
Depois, o elemento ético do primeiro parágrafo, o senador goiano Demóstenes Torres,  na CPI do Caso Cachoeira, resolve calar-se às perguntas dos deputados. 
Diz a máxima popular que "quem cala consente". E até o mais nobre e mais manso dos seres humanos tem o seu momento de raiva, de ira. E eis que um deputado, irritado com o silêncio sepulcral do "etico senador", botou a boca literalmente no trombone e aos berros protagonizou uma das cenas mais tristes da vida política nacional: a desmoralização visceral de um senador da república. O deputado Sílvio Costa não perdoou Demóstenes e tampouco o senador Pedro Taques, que achou de defender o amigo número um de Cachoeira. Ai a ira do deputado pernambucano virou contra Taques, que deve ter se arrependido milhões de vezes de defender Demóstenes Torres.
Ora direis -ou dirão: Isso tudo faz parte da democracia. Sim, faz. Mas bem que a democracia praticada por eles -no caso o sr. ministros e os srs. parlamentares-  poderia ser mais limpa, realmente mais ética. E que os cidadãos que estão na Câmara e no senado para nos representar, e no STF para trabalhar por causas e coisas mais justas, jamais entrassem em conflitos banais, em que perdem a linha, o nível, e até o controle emocional, dado os impropérios, o que obrigou até ao pedido para que fechassem o sistema de som.
Tudo isso é muito triste, muito lamentável. A ação do Ministro, do senador e dos deputados.
Afinal, mesmo que notadamente boa parte dos homens públicos, quando vêem uma câmera de TV, um fotógrafo ou um repórter de plantão,  adorem cenas espetaculares, a função que os citados exercem não são compatíveis com esse tipo de espetáculo.

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