Para quem, como este escriba, acompanha Santos e Fluminense em todas suas partidas, vencerem ontem seus jogos pela Libertadores foi algo muito normal, natural mesmo. Só que o time de Muricy Ramalho aloprou, cobrou a "laranjada" no Neymar e o deboche do técnico argentino Angel Hoyos sobre não conhecer o jovem craque santista, com juros altíssimos e correção monetária fora de mercado.
Uma vitória por 8 a 0 é meia humilhante, pois placar elástico assim só é admissível e até possível com equipes de baixíssimo nível, como um Ibis ou coisa parecida. Para um time que está disputando a Libertadores e com um técnico lamentavelmente boçal, é difícil até de entender, apesar da fragilidade da equipe longe da altitude boliviana. Depois de uma "peia" dessas é para o "Coach" bocudo desistir da profissão ou então calçar as velhas e franciscanas sandálias da humildade. Baixar a cabeça, reconhecer o poderio da equipe brasileira e ainda dizer com a calma de um monge: "agora eu passei a conhecer o Neymar e o Santos".
Os meninos da Vila deram um belo espetáculo ontem à noite. Até Elano, que por ter passado recentemente por algums problemas pessoais e por isso não estava desenvolvendo todo o seu potencial em campo, jogou bem, desencabulou e fez dois gols. Ganso, que Muricy havia pedido para além de dar belos passes, "chutar a gol também", fez dois e um de letra, daqueles que só craque com C maiúsculo faz.
Uma noite inesquecível para os jogadores santistas, seus torcedores e para os amantes do bom futebol. Futebol arte que a equipe do Santos já vem jogando "de hoje", como diz o Petrúcio.
A vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Internaciopnal valeu pela raça. Deco não jogou todo o seu futebol ontem, muito bem macado que estava. Mas quem tem artilheiros como o Fluminense tem que ter fé que a vitória sempre chega. Afinal, são muitos jogadores que podem decidir a partida pelo Pó de Arroz.
O Internacional foi valente. Mas não bastou. O Colorado gaúcho está fora da Libertadores.
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