terça-feira, 10 de abril de 2012

Lineker e Paty dispensam Paysandu

Lineker e Rafael Paty agiram certíssimos em não aceitar a proposta do Paysandu, preferindo seguir para o interior e vestir a camisa do Santa Cruz de Cuiarana, time de Salinópolis, que tem como padrinho Mário Couto. Os dois jogadores pensaram bem e foram bastante aconselhados a seguir mais adiante e garantir o recebimento do salário mensal, que também é bem maior do que o oferecido pelo time bicolor.
Foi-se o tempo em que os jogadores paraenses, na eminência de aparecerem e muitas vezes pelo amor ao clube, deixavam ofertas melhores de equipes de fora ou até do interior para vestir a camisa de Remo e Paysandu. Com a crise que se abateu sobre essas duas equipes -o Remo já não ganha um turno do campeonato paraense há pelo menos três anos e o Paysandu está todo endividado, só ao Arinelson e ao Jobson deve quase 5 milhões- os salários normalmente atrasam, além do fator que desestimulou os dois jogadores: atletas locais ou que "aparecem" em times do Pará, quando chegam em Remo e Paysandu normalmente são "queimados" por técnicos, sempre de fora, não levando os novos atletas nem na regra três dos jogos, e também pela própria torcida, que discrimina os jogadores locais.
Lineker, que é filho de jogador, sabe perfeitamente que os valores locais só conseguem se destacar quando saem daqui. Os casos mais recentes são Landu, que foi desvalorizado em Belém, ficando sem contrato, embora até hoje tenha dinheiro para receber do Remo; Cleo, que brilhou em equipes da Paraíba e agora está no estado do Ceará; os irmãos Brian e Billy, que ano passado foram dispensados, embora hoje sejam titulares do Paysandu; Betinho, que vem jogando bem, mas por uma jogada errada, foi vaiado pela torcida, além de muitos outros, como Giovani, atleta mundialmente famoso,  mas que era xingado toda vida que pegava na bola em sua época de Remo.
Vejo hoje a safra de jogadores paraenses das melhores dos últimos tempos Tenho inclusive postado aqui que se forem bem aproveitados, dentro de seis meses a um ano as duas principais equipes do Estado terão dois grandes times. Isso, se os técnicos de fora não "queimarem" os garotos.
O jogador paraense continua sendo bastante discriminado, até mesmo pela cultura do torcedor de Remo e do Paysandu,  que prefere ver em ação "bondes" que vêm de fora ganhando fortunas e produzem muito pouco.

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