quarta-feira, 11 de abril de 2012

J. Edgar: eternamente no FBI e no "armário"

Assisti, no final de semana, ao excelente filme "J. Edgar", que trata da vida profissional e até íntima do criador e eterno diretor do FBI J. Edgar Hoover, que em 52 anos de vida pública sempre ligado aos órgãos de informações americanos, perseguiu gangsteres, políticos, negros e principalmente comunistas, desde os anos 30 até o início dos anos 70. 
Hoover entrou na vida pública logo após formar-se em direito, aos 22 anos, e ascendeu no cargo fazendo todo tipo de peripécias conservadoras e reacionárias, alimentando seu alter ego de vaidades e americanismo, numa publicidade que o tornou uma grande personalidade dos EUA.
Considerado uma das figuras mais importantes da história moderna americana, J. Edgar Hoover trabalhou com oito presidentes, e embora fosse considerado um elemento fiel aos seus chefes, no casos os presidentes, tinha a ficha  com a vida pregressa e pessoal de todos eles, inclusive das primeiras damas, com serviços de escuta, vigilância secreta. Hoover chegou a ter em seus arquivos secretos "casos" de presidentes americanos com atrizes, "fugidas" e até de traição homossexual de primeiras damas americanas. Bisbilhotar a vida dos outros era sua sua razão de viver.
J. Edgar real e De Caprio no seu papel
Solteirão, J. Edgar foi filhinho e viveu com a mãe até que ela morresse. Nunca teve envolvimento com mulheres, embora quando jovem tenha "tentado" namorar com sua fiel e eterna secretária. Sua esquisita vida, já que era paparicado até por grande atrizes hoolyoodianas fez com que alguns órgãos de imprensa passassem a desconfiar de sua verdadeira identidade secreta. E eis que ao morrer, aos 77 anos, J. Edgar Hoover, já estava na "boca do povo" como o homossexual mais poderoso dos Estados Unidos. Mesmo assim, Hoover nunca "saiu do armário" e por toda a vida escondeu seu grande e eterno amor, Clyde Tolson, seu secretário particular e como ele definia: "minha segunda pessoa".
Hoover morreu em 1972, em pleno governo de Richard Nixon,  que não morria de amores por ele. Logo após sua morte, Nixon mandou arrombar o escritório de Hoover atrás de sua ficha, que não foi encontrada. Antes de morrer o homem forte do FBI solicitou à sua secretária que "desse fim" aos principais dossiês, dentre os quais o de Nixon. Para efeito de história: Nixon foi execrado da presidência dos EUA no famoso "Caso Watergate".
Recomendo "J. Edgar" como um grande filme, que tem Leonardo de Caprio espetacular como J. Edgar Hoover, e foi impecavelmente dirigido pelo veterano mas sempre competente Clint Eastwood, que às vésperas de completar 82 anos, agora mais por trás das câmeras, dá um verdadeiro show.

2 comentários:

  1. Quando o caro é muito é muito metido a moralista tem muitas chances de ser boiola por debaixo do pano, he, he, he, he.

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  2. excelente filme... faltou mostrar no filme .. o episodio com o mafioso dos anos 40... que ao ser preso por Hoover... avisou.. ::: tenho fotos suas com vestido e batom em sua casa onde levava rapazes para transar.. e fotos com Clyde Tolson.. o seu amor homossexual. onde deixou a sua fortuna...

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