quinta-feira, 12 de abril de 2012

Crianças ribeirinhas: grandes brasileirinhos!

Crianças ribeirinhas: heróicos brasileirinhos
O escritor Euclides da Cunha em seu livro "Os Sertões", em um trecho diz que "o sertanejo é antes de tudo um forte". Tinha razão o grande escritor paulista. O homem do campo do interior do nordeste, onde o solo é árido e além do forte calor e da escassez de água, os benefícios para a sobrevivência praticamente não existem, tornam este verdadeiro herói do sertão nordestino um guerreiro, que não se rende às atrocidades da vida.
Aqui no no norte, a coisa acontece mais ou menos na mesma dimensão. As dificuldades que as populações  ribeirinhas enfrentam para chegar às cidades e vilas são enormes e por incrível que possa parecer, até já fazem parte da cultura natural de nosso povo. Difícil também é a verdadeira guerra que as crianças e adolescentes nortistas travam para se locomoverem diariamente até as escolas. Essa labuta diária desses jovens e garotos que residem em lugares de acesso só por água, na base do "popopô" ou da simples canoa, os tornam tão fortes, semelhante os nordestinos sobreviventes das intempéries da seca.
O sertanejo é antes de tudo um forte. Mas o nortista é tanto quanto, pois enfrenta uma verdadeira via-crucis para trabalhar e seus filhos para estudar. E, o mais interessante e por que não dizer belo disso tudo: recente pesquisa mostrou que apenas 1.5 por cento da população estudantil de algumas cidades do interior da Amazônia Legal se evade das escolas, quando o índice nacional é 6 por cento.
Uma vitória que coloca nossas crianças e adolescentes amazônidas como grandes brasileirinhos.

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