Condel da Tuna reúne amanhã com possivel pedido de licença do presidente

Amanhã o Conselho Deliberativo da Tuna Luso Brasileira reúne pela primeira vez este ano. Segundo a pauta que este escriba teve acesso, o presidente do Clube deve apresentar contas dos dois últimos  semestres de sua primeira gestão, encerrada em 31 de Dezembro de 2011.. Acontece que o presidente só entregou sua prestação de contas do segundo semestre na semana passada, não dando tempo para que o Contador, Benemérito Rui Pinheiro,  avaliasse a documentação para apresentá-la à apreciação dos conselheiros. Ou seja, só serão postas para votação as contas do primeiro semestre de 2011..

Não se sabe qual será a atitude do presidente do Condel,  GB Alírio Gonçalves, mas o certo, segundo avaliação de contadores, advogados e de pessoas que conhecem o estatuto em vigor da Tuna, é que a situação poderá gerar uma possível advertência e um prazo de no máximo 30 dias para apresentação da documentação.

Outros assuntos poderão ser discutidos na esperada reunião. Um deles é o do possível pedido de licença do time de futebol da Tuna pelo prazo de dois anos, segundo vazou em algumas colunas da Imprensa, em Blogs e até em comentário de Rui Guimarães. A priori, sabe-se que essa intenção do presidente já é antiga, pois ano passado e também em 2010 ele ameaçou fazer isso. Talvez ele pense assim por não torcer pela Tuna, daí seu descomprometimento, já que Belém inteira sabe de sua preferências clubística pelo Paysandu.

O vice presidente eleito, Eduardo Gonçalves, em conversa com amigos, tem demonstrado toda sua insatisfação com a situação atual da Tuna. Reclama do pouco diálogo do presidente com seus diretores, dos muitos problemas que chegam à ele pela boca de terceiros, reclamações de funcionários, etc. Gonçalves ventilou da possibilidade do presidente aproveitar a reunião do Condel para pedir licença para disputar cargo eletivo à Câmara de Belém -o prazo para desincompatibilização se encerra em 6 do corrente- e a cogitação do nome para assumir como presidente. Como ele é o vice, logo o primeiro da lista, foi inquerido se assumiria. Lembrou que por ele próprio não deseja assumir, principalmente como as coisas estão na Tuna. "Tenho que analisar muitas coisas, principalmente a questão dos atrasos salariais, a prestação de contas dos dois semestres passados e as contas do futebol. Se não tiver tudo bonitinho eu nem discuto: não assumo mesmo", falou um Eduardo muito preocupado com a sistemática de trabalho do presidente cruzmaltino.

Espera-se muitas reclamações do presidente, fato natural em todas as reuniões do Condel, quando ele adora desabafar, sempre lembrando que está só.  Mas é importante, também, que algum conselheiro ou Benemérito fale da situação da sede social do Clube, do abandono ao associado, etc. Das perseguições naturais que ele faz à associados que sempre frequentaram e colaboraram com o clube. É importante que alguém discorde da maneira conservadora e reacionária de agir do gestor tunante, capaz de nomear um "quebra pau" como diretor adjunto, como é o sr. Eurico, elemento grosseiro, metido a valentão que chegou praticamente ontem na Tuna e ameaça a todos com seu jeitão de jagunço. 

E ele, o presidente, tem que calçar as sandálias da humildade e reconhecer que seu estilo de administrar com arrogância e prepotência só faz prejudicar a Tuna. Que a tão propalada união que ele vem pregando já há quatro anos é só para inglês ver. Na prática ele age como um discípulo da ditadura de 64. O resultado da garganta arrogante está aí: luz cortada varias vezes, diretores se evadindo, insucesso em todos os esporte e no futebol profissional, aluguéis do clube a aparelhagens e a partidos políticos, clima de animosidade entre ele e os funcionários, e mais uma porção de situações que ele se fosse mais humilde poderia dividir com outros diretores e cruzmaltinos, que realmente amam o clube.

Fontes de sua própria diretoria acham que o mais honesto para o presidente no momento não seria licenciar-se, mas renunciar, em favor de quem quer trabalhar pelo clube. Nas redes sociais, nos bares, nas rodas de amigos o comentário é um só: o presidente da Tuna, para não ser o "coveiro", tem que renunciar.