quarta-feira, 4 de abril de 2012

2012 com uma "base" de alto nível

Betinho é bom e merece crédito
Me incomoda quando vejo um jogador com o potencial de Betinho ser praticamente execrado pela torcida. Jogador jovem, bom de bola, Betinho como outros que desfilam no bom time do Remo, como  Cametazinho, Reis, Jhonatan, Alan Peterson e outros que são da base ou genuinamente paraenses, como Joãozinho, não deveriam ser admoestados pela torcida por uma jogada errada, uma má partida ou mesmo uma finalização que não deu certo e que resulta em gol perdido. Isso são fatos normais em qualquer equipe e jogadores de futebol, principalmente quando são de ataque.
Sou e serei sempre um eterno defensor dos jogadores locais, principalmente os da base. Parabenizo as diretorias de Remo e Paysandu por lançarem na equipe profissional este ano muitos jogadores oriundos da base. Mas me revolto com o tratamento da torcida, de alguns dirigentes e até técnicos quando "queimam" o jogador por um lapso dentro ou até fora de campo. Isso quando acontece pode deixar várias marcas no atleta, mesmo porque muitos deles ainda estão em formação de personalidade. É fato que um atleta novo necessita de incentivo, apoio, não pode ser jogado para "escanteio" literalmente. Betinho, como os demais de Remo e Paysandu e alguns da Tuna já mostraram o quanto são talentosos. São como jóias ainda meio "in natura". Precisam ser lapidadas. Só isso.
Aproveito para mandar um recado também ao Paysandu, óbviamente de parabéns por estar lançando em sua equipe principal vários atletas locais e da base -em torno de seis ou sete, mais da metade do time-,  o que é reconhecidamente uma grande sacada da diretoria e do técnico Lecheva (também local, pois mesmo paulista, começou aqui na Tuna, tendo depois passado para o Paysandu, terminando por se radicar em Belém). Além da valorização de jogadores de sua base, é também uma abertura de mercado para esses jovens atletas, que muitas vezes não são reconhecidos pelos clubes locais, mas são muito bem vistos pelas equipes de fora.
A safra está boa este ano. O negócio é valorizar os garotos. Remo e Paysandu e até mesmo a Tuna, têm tudo para daqui a seis meses ou no máximo em um ano, formarem times de qualidade, sem ser necessário importar Magrões, Finazis e outros "pernetas" que têm padrinhos fortes, mas que dentro de campo são fracotes.

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