quinta-feira, 8 de março de 2012

São Paulo precisou de juiz para vencer

Gian: talento impressionou os paulistas
Quando postei ontem que o time do São Paulo -juntamente com o Palmeiras- dos grandes é o pior time da capital paulista (além de ter, tal qual o Palmeiras, um técnico turrão e grosso), e que o Independente depois da chegada de Valter Lima mudou totalmente seu estilo de jogo, mostrando que é uma equipe que tem tudo para fazer bonito neste Segundo Turno do Parazão, modéstia à parte, sabia o que estava fazendo.
O time dirigido por Emerson Leão é limitado, tem uns quatro ou cinco jogadores bons, mas nenhum craque. Bem diferente de equipes como o Santos e o Fluminense, que além de ter craques na onzena titular pode contar com um elenco de bons jogadores na reserva.
A derrota com sabor de empate, pois o gol do Independente aos dois minutos da primeira etapa foi trabalhado e legítimo, mostrou que a coisa mudou. A história de equipes do Sul e Sudeste chegarem aqui e golearem é passado. Mesmo sendo um time do Norte e do interior, o Independente, assim como o Águia e o Cametá, tem uma equipe competitiva. Basta ter personalidade, não se intimidar que pode ter grandes conquistas.
Ontem o esquema tático montado por Valer Lima até me surpreendeu. Com três zagueiros, dois laterais que ajudavam ao quarteto de meio de campo, e com apenas um homem no ataque, no caso Ró, Valtinho mostrou que sabe fazer um "ferrolho" sem ser totalmente defensivo. É isso, pois se analisarmos o jogo, mesmo que tenha ameaçado poucas vezes a meta do goleiro Denis, o Independente não jogou na defensiva. Ao contrario. Criou várias jogadas, infelizmente terminavam nas laterais, nas linhas de fundo ou no meio de campo; como só tinha um homem realmente como centro avante, chutou pouco a gol.
Aliás, parabéns para o meio de campo do Independente. Gian e Fidélis jogaram o fino. Valter Lima conseguiu neutralizar o meio de campo do São Paulo.  A entrada de Marçal, no lugar de Rafael Vieira, deu mais velocidade ao quarteto e fez o Independente jogar bem melhor no segundo tempo. Já para o do São Paulo, uma nota bem baixa. Cícero, jogou como um meia avançado, e até que conseguiu fazer algumas jogadas, mas Lucas está longe de ter o talento de um Neymar, como insistem alguns cronistas sampaulinos. É um bom jogador, mas se perde às vezes pelo excesso de firulas e por não chutar com muita pontaria.
Luis Fabiano saiu reclamando. Não foi acionado como deveria. Prova que Leão não está conseguindo montar um esquema que os meias coloquem o  bom atacante na cara do gol.
Dentre todos os jogadores, gostei muito de Gian. Foi um meia que só avançava quando dava mesmo. Segurou o jogo como pode e mesmo estando com 38 anos jogou os dois tempos e não quis sair. Foi para este escriba o destaques da partida. Segurou o jogo com maestria e talento.
Individualmente no São Paulo alguns lampejos de Lucas, Cícero e Rosemiro, que bate muito. Cortez foi meio apagado no jogo.
O Independente honrou o nome do Pará. E este escriba está feliz porque foi dos poucos que acreditou na equipe de Valter Lima.

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