quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Kassab não. Por favor!

Quando leio alguma notícia de que o Partido dos Trabalhadores vai se aliar a mais um partido que qualifico como de direita, sem nenhuma nuance que lembre os movimentos populares, da Igreja, de trabalhadores que foram a base que fez surgir o PT -inicialmente na região do ABC e depois no país inteiro-, confesso que me entristeço.
Ao longo de sua história de 32 anos, o PT já cometeu vários deslizes com sua militância. O Principal deles foi quando, desrespeitando a sua própria história passou a receber apoio de inimigos declarados: tradicionais partidos de direita. 
Históricamente, desde sua fundação, o PT sempre trabalhou que para fazer qualquer tipo de coligação só seria possível com os partidos de esquerda, que são o PC do B, o PCB e o PSB. A partir do momento em que foi decidido que o PT poderia se aliar a outros partidos tidos como "progressistas", principalmente o PMDB, parte da militância esgostou sua paciência com a situação e daí passaram a acontecer mais rachas e muitas discordâncias, principalmente nos Encontros e Congressos internos, pois, como para os verdaddeiros petistas, como o militante "dinossauro" sempre pregou: o PT nasceu com uma razão de ser: fazer a diferença entre os demais partidos.
Quando leio ou ouço que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, costura uma aproximação com o PT visando apoiar o partido nas eleições municipais, me decepciono só em imaginar. Com certeza vai ser a maior grita por parte da militãncia petista de São Paulo, principalmente porque se conhece a postura conservadora e fascista de Kassab: inimigo público dos trabalhadores. Aliar-se com Kassab, seria, como muito bem falou o deptado Berzoini: "um tiro no pé da militãncia". O prefeito paulista já demonstrou o quanto é oportunista.
Se o PT vai disputar a eleição para a prefeitura de São Paulo e pensa realmente em ganhar o pleito, não pode fugir demasiadamente de suas raízes e atrelar-se com o que há de mais atrasado na política brasileira, que é o PSD de Kassab. Afinal, o partido que foi criado por Lula tem sua maior tradição em São Paulo, e não pode jogar esse grande e bonito patrimônio na lata do lixo.

2 comentários:

  1. Marcos,


    Recorda para alguns é viver; para outros, além de viver é uma prova de coerência.

    No passado o PT dizia que:


    "A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial

    Lula (em 2001, então candidato a presidente)"


    Hoje, a respetio da greve dos PMs bahiano, o governador da Bahia, o petista Jackson Wagner diz que:


    “Não admitirei que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”.

    "No comunicado, o governador disse, ainda, que `neste momento, o diálogo e o bom senso são as melhores formas de superar o impasse. Porém, na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário”'.

    Por isso, não estranho nenhuma ação petista, seja ela um discurso de um de seus direngentes, seja ela uma aliança ou a privatização dos aeroportos de Brasília, São Paulo etc.

    Meu amigo, qual a diferença que há entre a aliança com Kassab das alianças com político-eleitoral com o Maluf, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Sarney etc.

    Para onde vai o PT, meu compadre? E agora José?

    Forte abraço!


    Laerço

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  2. Marcos,


    Recordar para alguns é viver; para outros, além de viver é uma prova de coerência.

    No passado o PT dizia que:


    "A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial

    Lula (em 2001, então candidato a presidente)"


    Hoje, a respetio da greve dos PMs bahiano, o governador da Bahia, o petista Jackson Wagner diz que:


    “Não admitirei que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”.

    "No comunicado, o governador disse, ainda, que `neste momento, o diálogo e o bom senso são as melhores formas de superar o impasse. Porém, na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário”'.

    Por isso, não estranho nenhuma ação petista, seja ela um discurso de um de seus direngentes, seja ela uma aliança ou a privatização dos aeroportos de Brasília, São Paulo etc.

    Meu amigo, qual a diferença que há entre a aliança com Kassab das alianças com político-eleitoral com o Maluf, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Sarney etc.

    Para onde vai o PT, meu compadre? E agora José?

    Forte abraço!


    Laerço

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