terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A "titia" Rita Lee anuncia aposentadoria

O melhor disco de Rita Lee e Os Mutantes
Este escriba recebeu triste a notícia da aposentadoria da roqueira brasileira Rita Lee  (Rita Lee Jones). Natural da cidade paulista de Americana, Rita foi uma as precursoras do moderno rock brasileiro, ao lado dos irmãos Arnaldo Batista e Sérgio Dias na inesquecível Banda Os Mutantes.
Rita começou muito cedo. Enquanto os jovens da época preocupavam-se com o alienante iê-iê-iê Rita e seus amigos dos Mutantes faziam uma música de vanguarda, completamente diferente, tanto nas letras como nos sons meio psicodélicos e principalmente nos solos de guitarras elétricas, que faziam a festa entre os tropicalistas e os jovens roqueiros nacionais. Os Mutantes com Rita participaram até do histórico Festival da Canção de 1967, ao lado de Gil defendendo "Domingo no Parque".
Rita passou mais ou menos seis anos com os Mutantes, separando-se de Arnaldo, com quem falam foi casada para poder emancipar-se, já que era de menor idade 17 anos- e não poderia fazer parte da banda. Com Os Mutantes fez três belos álbuns, sendo o melhor deles "Panis et Circenses", cuja capa originalíssima retrata o grupo tropicalista (Caetano, Gal Costa, Gil, maestro Rogério Duprat) e Os Mutantes, com a lindíssima e loiríssima jovem Rita Lee. O Penico na capa do disco, nas mãos do maestro Duprat foi a coisa.
A carreira solo de Rita Lee foi um sucesso. Primeiro criou o grupo Tutti Frutti, no início dos anos 70, quando emplacou centenas de sucessos, cantados por toda uma geração, que antecedeu as famosas bandas de Brasília que só  chegaram nos aos 80. Dessa época é o sucesso "Ovelha negra", cantado em prosa e verso por toda uma geração do pop rock nacional.
Mas foi com o guitarrista e também roqueiro Roberto de Carvalho que Rita disparou sucessos em quase todos os LPs e CDs da carreira. Virou mania nacional. No início dos anos 80, este escriba dirigiu um programa sobre música brasileira cujo apresentador Zuca Melo fechava sempre o programa com meia hora só de Rita Lee. Realmente uma grande artista, de uma performance no palco fantástica, originalíssima.
Um de seus discos que guardo com carinho é o CD em que Rita Lee interpreta várias canções dos  Beatles. Um disco intimista, cheio de pureza interpretativa para quem -como este escriba- gosta dos Beatles e da grande roqueira Rita Lee.

14 comentários:

  1. alienante é a revista veja e a Rede Globo,o iê iê iê era um só um movimento musical e cultural.

    agora realmente os Mutantes foram meu primeiro contato com música do ponto de vista artistico,fez minha cabeça na infância,e a Rita Lee foi o primeiro show que eu fui

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  2. eu tenho tambem uma raridade aqui o LP "Saúde".

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  3. Falastes, Julinho. A Veja e a Globo não tem nem como definir. São mais que alienantes, mas ta,bém aqueles cabeludos cantando aquelas musiquinhas água com açúcar totalmente despreocupados com o que ocorria no país, me poupe. Foram alienados e alienantes.

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  4. deixa os cabeludões serem felizes......Nelson Gonçalves,Frank Sinatra,Elvis,John Lennon,Tim Maia,os próprios Mutantes nunca fizeram música sobre política,pelo menos não que eu lembre,seus maiores sucessos são "Volta do Boemio","Let me try again","Love me Tender","Ando Meio desligado","Eu só quero amar",e outras canções que poderiam sem consideradas água com açucar.

    eu respeito seu ponto de vista,mas do meu arte e política não tem nada a ver,uma coisa é uma coisa outra é outra,além do que a Jovem Guarda foi um divisor de águas do ponto de vista cultural criou no Brasil um mercado aquisitivo jovem e criou um segmento musical próprio pra ser consumido pela juventude o que abriu terreno e espaço em gravadoras pra muitos grandes artistas brilharem no futuro,influenciou o Rock dos anos 80 (O Frejat disse uma vez que sem Erasmo Carlos não haveria nada)e incitou no jovens um espirito de revolta do tipo usar cabelo comprido e sainha curta quando os pais detestavam,esse espirito de revolta sabe lá se pode ter sido util em momentos mais importantes da história do Brasil.....e alem do que sou fã confesso de "Sentado a beira do Caminho","Doce,doce Amor","Sorria meu Bem","Esconda o pranto num sorriso" e outros clássicos do iê,iê,iÊ.

    no mais encerro meu caso dizendo o que um ex-professor de Literatura dizia "as artes são alienantes pois servem a um propósito unico de quem detêm os meios de criação"

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    1. Caro amigo: a arte tem uma gande responsabilidade com tudo que se reflete em uma nação eno planeta. Picasso, Miró, que considero os maiores artistas do século que o digam. Não se pode separar cultura de política, porque elas caminham juntas, de mãos dadas.
      Sem querer polemizar: a música de Sinatra, de Nelson, de Jobim têm um que de dor de cotovelo e conformismo. Já a dos Beatles têm o lado crítico, o político e o cultural, além do romântico.
      É claro que no meio de tantos cabeludos alienados que o pobre movimento Jovem Guarda produziu,muitos deles ficaram "sentados à beira do caminho" ou "vendo a banda passar", descompromeidos de tudo e com todos. Erasmo entrou no movimento mas podes crer, foi um diferencial, ele sim, não fez muito sucesso porque as músicas não eram tão "mornas" como "as pobres meninas" da vida. Erasmo teve sim, um papel importante com letras fundamentadas, embora tenha feito ingenuidades no início. Mas no geral foi um movimento que não deixou nada de positivo, a não ser nestas festas de bailes da saudade. É até estranhop: "Jovem Guarda" e Baile da Saudade. No mais, penso que a Jovem Guarda é como o Brega: s´[o prestou para dançar.
      P.S.: Frejat foi cortês ou quem sabe deve ter influenciado mesmo. Afinal, nem todo policial é ruim, como nem todo cantor de jovem guarda ou de brega é péssimo. Deve ter algo que se aproveite (apesar de eu não gostar de nenhum). Um forte abaço.

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    2. Sobre a frase do professor de literatura: genial. Quem ganhou dinheiro com a Jovem Guarda foram as gravadoras multinacionais. Somente elas, porque as nacionais não sobeviveram com o movoimento. Foram engolidas.

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    3. eu pensava como o senhor sobre a Jovem Guarda e o Brega até que um festival aclamado que ocorre todo ano aqui em Belém fugiu da linha Rock/Folk e trouxe Odair José pra tocar,ele fez um show antológico convertendo vários jovens preconceituosos em fãs depois disso eu fui pesquisar mais sobre o brega e descobri o impacto que ele tem sobre a música atual,fui em show de Reginaldo Rossi e Dalto e passei a me preocupar em rotular menos e prestar mais atenção.

      eu aliás tenho um livro que explica como certas músicas de Agnaldo Timoteo,Odair José,Wando e outros nomes injustiçados são "sem querer-querendo" revolucionárias,chama-se "Eu não sou cachorro,não",hehe,permita-me dar-lhe de presente este livro,é interessantissimo,o pior que pode acontecer e lhe oferecer uma nova perspectiva vai por mim

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    4. Odair José sempre foi cult. Tem coisas boas (como lhe falei, no meio do palheiro encontram-se algumas agulhas das muitas perdidas). "Linda Mc Cartney, quero o seu amor", "Parem de tomar a pílula", etc. Ele foi roqueiro, entrou na onda de Jobem Guarda para escapar. Mas é bom. Agora Timóteo e Valdick são cantores de boleros, um ritmo rico, bonito e que eu particularmente gosto muito. Apesar do Timóteo ser meio chato, porque acho ele boçal, além de possuir um estilo de cantar superado. Vando é oportunista. Não canta nem compõe nada.
      Outra coisa, estes caras nõa têm nada a ver com Jovem Guarda. Nem faziam parte. Aliás, odiavam os cabeludos. O Dalto, qye você citou, é um bom compositor, autor de clássicos populares, não está nem um pouco perto de jovem Guarda. Surgiu, se não me falha a memória, no final dos anos 70 para os 80. A tolice que chamam Jovem Guarda é dos 60. É mais velha que Noel, que nasceu em 1910!

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  5. pois é,não são Jovem Guarda mas são bregas,mas olha até que o senhor conhece bem......
    sobre o Wando:dá uma olhada nisso:http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=ferrovi%C3%A1rio%20vando&source=web&cd=1&ved=0CCgQtwIwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D9O90Idh1JjE&ei=aEAgT5DBAeumsQKAg4DQDg&usg=AFQjCNFiBSowRofxVx7AKsi0uk2eQhdHXg&sig2=tMtFd7mrIL_EtlBQWuU6ng

    coisa de genio

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  6. da jovem guarda eu gosto do Paulo Sérgio,da Vanusa (a interpretação dela em Paralelas arrepia),do Ronnie Von (menos a mpusica da praça) tenho o Roberto e o Erasmo em conta de idolos,e gosto de uma ou outra coisa do Jerry Adriani e da Diana,mas realmente as músicas de Renato e Seus Blue Caps,Wanderleia e aquela mina do "Splish Splash" são ridiculas.

    agora permita-lhe mostrar a entrevista do Odair ao Portal Jovem Guarda http://www.jovemguarda.com.br/entrevista-odair-jose.php

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    1. Sobre o ritmo Brega: a expressão Brega, muito usada na Bahia, significa coisa chula, ruim, zona de meretrício. Passaram a usar como ritmo aqui no Pará e já chegou à outras regiões. Tinha um "cantor" aqui que chamavam Rei dop Brega. Ele em si "inspirava um meretrício". Não gosto e passo longe dessa idiotia que chamam brega. Aliás não so de brega, mas de aché, sertanejo, funk e outras "oportunidades" que chamam de musica. Queria que você ouvisse um CD de um paraense chamado Antonio Carlos Maranhão. Me mande seu e-mail que gravo e lhe passo. Coisa de louco de lindo!

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  7. Vou ver isso. Mascantores e compositores são como jogadores de futebol. Só fica quem é bom. Pelé ja parou há quase 40 anos, mas onde chega e querido, amado, respeitado. Nenhum outro conseguiu isso no mundo.
    Desses que vc falou, passo longe de todos. O Vando é uma tristeza. Os outros a nao ser uma ou outra musiquinha mais ou menos, mas nada que me empolgue. Sobre Vanusa, respeito seu trabalho, que teve uma melhor direção depois que ela casou com o Vanucci. Além de Paralelas, destaco "Manhãs de Setembro" e "Palhaço", que acho que é composição dos irmãos Antonio e Mário Marcos.

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  8. eu não rotulo,eu gosto de rock,tropicália,samba de raiz,bolero mas tambem gosto do um ou outro Brega,Pagode,os axés antigos que eram divertidos,Samba-Jóia,marchinhas de carnaval etc etc

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  9. Não é questão de rotular, na verdade eles que se rotulam. Para mim isso é mesmo música dançante, que de "tao boa" tem a vida longuíssima de dois ou três meses. Música será sempre música. Agora, como tudo, tem boa, ruim e péssima.

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