terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Festival luso-brasileiro abre com filme sobre Antonio Carlos Jobim

Gravações raras, como a de Judy Garland cantando "Insensatez" ("How Insensitive", em inglês) e a do trompetista Dizzy Gillespie tocando "Chega de Saudade", emocionaram neste domingo (4) à noite a plateia do 15º Festival de Cinema Luso-Brasileiro, em Santa Maria da Feira, norte de Portugal.

Jobim foi um dos criadores da Bossa No
O evento foi inaugurado com uma sessão hors concours de "A Música Segundo Antônio Carlos Jobim", de Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim (neta do compositor), ainda inédito no Brasil. O "filme de música", como o diretor gosta de defini-lo, desembarca nos cinemas brasileiros em 20 de janeiro, com distribuição da Sony.
"A Música Segundo Antônio Carlos Jobim" não é um documentário tradicional. A partir de algumas tomadas do Rio de Janeiro, na década de 50, o filme propõe uma viagem pela música do grande compositor brasileiro em imagens de arquivo. Não há depoimentos, legendas, narrações ou mesmo palavras. São apenas momentos que registram a genialidade do artista e sua obra _com o próprio interpretando algumas canções ou estrelas da música brasileira e internacional, como Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Ella Fitzgerald, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Gal Costa, Chico Buarque, Nara Leão e Dianna Krall, entre outros.
"Este era um desejo do próprio Tom, que queria ver um filme de música. Ele achava que as palavras muitas vezes só atrapalhavam e enganavam. Para ele, só a música já bastava para tocar profundamente o espectador", disse Santos, no palco do auditório da cidade, a cerca de 30 quilômetros do Porto. O cineasta revelou que esse é o primeiro de dois filmes que fará sobre Jobim (1927 - 1994). "Também estou preparando um longa sobre as três mulheres que foram fundamentais na vida de Tom: a irmã Helena, a primeira esposa, Thereza, e a segunda mulher, Ana."
Até domingo, o festival português exibe, além de curtas-metragens, três longas brasileiros: "Trabalhar Cansa", de Juliana Rojas e Marco Dutra, "Histórias que Só Existem Quando Lembradas", de Júlia Murat, e "O Abismo Prateado", de Karim Aïnouz. Também concorrem aos prémios os longas portugueses "Estrada de Palha", de Rodrigo Areias, "Yama no Anata/ Para Além das Montanhas", de Aya Koretzky, e o filme coletivo "O que Há de Novo no Amor?". "Este ano nossa intenção foi trazer, além de cineastas emergentes, nomes aclamados do Brasil", disse o diretor do festival, Américo Santos, lembrando que o evento será encerrado com "As Canções", de Eduardo Coutinho, fora de competição. (Fonte: Vermelho)

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