quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A César o que é de César

Quando aconteceram alguns problemas de crianças que morreram na Santa Casa, no governo passado, de Ana Júlia, um grande número de críticos, políticos, principalmente os carcarás, os línguas ferinas, os insensíveis, acharam de crucificar a governadora, tachando-a como  "a culpada", "a incompetente",pelos lamentáveis incidentes. A mesma coisa se repetiu quando uma menor foi presa no meio de vários homens, e segundo denúncias, foi abusada por algum maniaco na cela que era masculina. O caso, infelizmente, teve repercussão nacional. Foi ruim para o Pará e para o Governo.
Pois é. O mundo dá voltas. Já aconteceram, em poucos meses do atual governo, problemas semelhantes ou até piores. Primeiro um casal de lavradores foi barbaramente assassinado. O casal, defensor da floresta, preservaconista do meio ambiente, fauna e flora, foi  impiedosa e covardemente assassinado. Depois, uma jovem mãe foi presa numa cela com seu bebê de colo E o pior: teve que amamentá-lo atrás das grades.
Agora o caso de uma jovem mãe que vinda do distrito de Outeiro, de madrugada, de ônibus, depois de ter sua visita médica marcada para o dia, teve sua consulta, internamento e parto negados na Santa Casa. Desesperada, a mãe e o esposo partiram para o Hospital de Clínicas, onde mais uma vez a grávida não foi recebida. Ligou para o Samu, não atenderam. Resultado: as duas crianças, gêmeas, morreram. 
Seria muito fácil este escriba, a Imprensa ou qualquer pessoa abrir a boca e criticar, usando a famosa frase: "a culpa é do governo".  É sempre bem mais fácil encontrar um culpado para qualquer problema.  E, nos casos acima citados, a primeira pessoa que sofre na pele é o gestor, no caso o Governador. Mas será que o Governador tem realmente culpa dos acontecimentos citados acima?  Penso que não. Como também achei, na época, muita maldade o ataque que fizeram massivamente à Governadora Ana Júlia. 
O gestor não pode prever tudo. Não pode vislumbrar possíveis erros de seus secretários e assesores. O gestor estadual quer acertar. O Governador, como a Governadora em sua gestão, tenta fazer a coisa certa.  Este escriba, particularmente, por não ser irresponsável, quer que ele acerte. É claro. É o Pará que está em jogo. E eu não gosto de  ver nosso Estado em manchete negativa nacionalmente. Tô fora de notícias ruim.
Porém, infelizmente, as coisas acontecem.  Mesmo assim não se pode cometer a irresponsabilidade de atacar o gestor como o culpado. Aí, os críticos, que muitas vezes são coveiros irresponsáveis e  não vislumbram que problemas acontecem em qualquer administração, indiferente do gestor, quebram a cara. É quando se usa o velho dito popular que "o feitiço às vezes vira contra o feiticeiro!"
Vejo o problema das crianças que infelizmente morreram, como também o da jovem que foi presa e teve que amamentar na cela, como fatos que só temos é que lamentar, torcer e trabalhar previamente para que não se repitam. Mesmo porque são fatos isolados, que não podem ser colocados como retrato da gestão. O Governador já tomou as devidads providências, como na época a Governadora Ana Júlia tambem tomou as suas, inclusive, como o Governador tomou agora, com demissões. Mas é importante que aprendamos as lições para respeitar os gestores, sejam de que partido for. Não é por ser de partido diferente que qualquer deslize que aconteça na gestão deva-se sacrificar visceralmente o gestor como o grande culpado. Na democracia vale a frase de Cristo que legitimou o Governo: "Dai a César o que é de César...".

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