sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eleição na APL: Ibraim do Tucupi vence Juracy

Sinceramente, é vergonhoso o resultado da eleição na APL (Academia Paraense de Letras). Como pode uma capacidade intelectual como Antonio Juracy Siqueira, perder para um colunista social, como é Pierre Beltrand? Lamentavelmente, como em todos os setores da vida humana, a APL também faz política, e não uma política liberal, mas uma política pró-Liberal, já que Beltrand, ainda hoje é funcionário do jornal dos Maioranas. 
Poeta Juracy  perdeu para colunista social.
Para quem não conhece Antonio Juracy Siqueira, o Totó do Cajary, homem simples mas de verve imensa, ele é natural do Afuá, na Ilha do Marajo.  Juracy é poeta, trovador, escritor, tendo sido autor de uma dos maiores sucessos literários de nosso Estado, o livro "Versos sacânicos", uma sátira ao best seller do escritor indiano Salman Rudshe. Colaborador de jornais e revistas do Brasil inteiro, Juracy tem dezenas de livros escritos, sendo hoje um "escritor profissional", vivendo das letras e da arte de poetar.
Não convence ninguém uma eleição que parece ter sido não por mérito intelectual, mas por "amizade", como bem frisou João Carlos Pereira, também do Grupo Liberal e um dos intercessores para que  Beltrand, colunista social, se tornasse imortal.
Sobre a eleição de Beltrand, que muitos podem querer comparar com a do jornalista  Merval Pereira para a ABL (Academia Brasileira de Letras), mesmo sendo um dos maiores portavozes da direita mais conservadora desta País, e também um "babão" por  José Serra, talvez por ser empregado do jornal O Globo, ele tem que ser respeitado como jornalista e escritor. Não é por ser de direita que se vai tirar seus méritos intelectuais. Beltrand é outra história.
Com a eleição de Pierre Beltrand, certamente Ibrahim Sued, outro "intelectual!" do colunismo social, deve estar tremendo no túmulo, inclusive a pensar: "por que eu não fui também, Senhor?

7 comentários:

  1. MARCO, ABAIXO MEU TEXTO PUBLICADO NO MEU BLOG SOBRE O CASO:


    AS LETRAS DE LUTO
    A Academia Paraense de Letras (APL) perdeu uma excelente ocasião de voltar a ser das letras, e não de uma elite – que não é intelectual – que aos poucos vem se apossando daquele chamado sodalício. Ao eleger o senhor Ubiratan Aguiar com 22 votos para a vaga do falecido poeta Alonso Rocha, negando a entrada naquela entidade cultural aos poetas e escritores de reconhecidos méritos, quais sejam Antônio Juraci Siqueira e Milton Camargo, na eleição de hoje, a APL virou as costas para os escritores do Estado, que até então viam na instituição um respeitável exemplo de amor à Literatura.
    Não cabe nem comparar os currículos dos candidatos item por item, porque seria covardia extrema com o senhor Aguiar. Antônio Juraci Siqueira é um dos mais premiados escritores paraenses de todos os tempos, aclamado pela crítica e pelo gosto popular, não por acaso glorificado por quem convive com ele, como eu, há mais de duas décadas. Milton Camargo, também, além de ser um consagrado autor de livros infanto-juvenis, é poeta premiado pela APL e foi professor da Universidade Federal do Pará. Por que negar o acesso dos dois, então?
    A resposta é que, há muito tempo, a APL se tornou uma Assembléia Paraense de Letras, onde ser detentor do título de acadêmico tem pouco a ver com o saber e muito mais com o poder aquisitivo do candidato à pretensa “imortalidade”. Nesse sentido, convenhamos, perdeu muito mais a instituição, empobrecida intelectualmente sem Juraci ou Milton, e ganharam os dois autores que ficam de fora por serem, reconhecidamente, de baixo poder aquisitivo, mas de imenso patrimônio literário e intelectual.

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  2. E quantos outros nomes de nossas letras e artes não merecem uma cadeira na APL! Vejo a derrota de Milton, e principalmente Juracy, que tem uma produção maior e mais popular, um acinte à cultura de nosso Estado. Como postei, acho que até o Ibraim se tremeu com a eleição do "francês".

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  3. Você, caro Garcia, um homem que vive nas e das letras, deve ter ficado "arruinado! com o tal resultado. Mas, como diria outro rande poeta, que por sinal não é imortal, o gran de Paulinho da Viola:"Coisas da vida".

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  4. Triste e vergonhoso, um colunista social e de automobilismo vencer dois homens de letras.

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  5. Como um assasino da LÍNGUA Portuguesa pode barrar um poeta de verdade???
    O fim do mundo.
    Nem de carro esse Pierre entende.
    Cada dia que passa a APL das letras vai virando Uma Assoc. dos Patetas Locais.
    Indignante!

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  6. Como diz Bóris Casoy: ''ISSO É UMA VERGONHA''!

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  7. Mário Quintana tentou três vezes a ABL e não conseguiu. Injustiças que acontecem a todo momento.

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