terça-feira, 10 de maio de 2011

A rapariga loira de Manoel de Oliveira


Manoel de Oliveira e o neto Ricardo Trêpa
Manoel Cândido de Oliveira, ou simplesmente Manoel de Oliveira, cineasta português  de 102 anos mas em plena atividade,  estréia mais um filme no Brasil, na próxima sexta-feira, dia 13. Nesta fita,
 Manoel de Oliveira homenageou seu conterrâneo, o escritor português Eça de Queirós com o filme "Singularidades de Uma Rapariga Loira", adaptação de um conto escrito por Eça no século XIX, que trata de um amor fracassado. Na adaptação Manoel de Oliveira, preservou alguns hábitos em desuso até em Portugal, mas segundo ele foi para reforçar que por mais que os tempos mudem, as desgraças do coração continuam as mesmas.
 "Já tinha filmado obras de um autor romântico como Camilo Castelo Branco e agora foi a vez de filmar Eça de Queirós, que trouxe para Portugal o realismo romanceado", afirmou o centenário realizador durante uma coletiva de imprensa no lançamento da película.
Manoel Oliveira é o cineasta mais velho em atividades, com 102 anos e não pensa em parar de trabalhar.
Condecorado nos principais festivais de cinema do mundo como Festival de Cannes, Festival de Veneza, Festival de Berlim e Festival de Montreal, Oliveira é sempre questionado sobre a sua idade,  e  faz questão de sublinhar que não tem mérito em ter completado 102 anos, o que considera "um capricho da natureza" pelo qual não se sente responsável.
Quando alguém se refere aos seus filmes ou se pretende parar, ele sempre tem uma resposta: "Os meus filmes, bons ou maus, sou responsável por eles. Sobre se pretendo continuar filmando, a  intenção é boa mas quanto tempo é que ainda demoro por cá não depende de mim. A idade e a felicidade dependem de forças obscuras",simplificou.
No filme "Singularidades de uma rapariga loira"  o ator Ricardo Trêpa, neto de Manoel de Oliveira, faz o papel do homem dilacerado pela paixão de uma mulher idealizada.

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