sexta-feira, 25 de março de 2011

Faça a coisa certa!

Infelizmente, as coisas no mundo, na vida, não acontecem a nosso bel prazer. Quem dera que pelo menos uma parte de nossos desejos, nossos sonhos, nossas aspirações se realizassem! Mas não é assim. Como disse o poeta Belchior: "Ao vivo é muito pior".
Acho que fomos tomados de muita emoção na história dos fichas -Limpa e Suja. Todo mundo é exageradamente moralista. Todo mundo quer resover tudo de uma vez, porque quer as coisas certas. Mas será que pelo menos uma grande parte das pessoas fazem realmente as coisas certas? Claro que não!
Um dos filmes que considero mais marcantes em termos de política racial é do cineasta americano Spike Lee. "Faça a coisa certa". O filme trata de problemas raciais naturais nos EUA, que Lee, mesmo sendo americano (ele se diz afro-descendente), tem coragem de mostrar com seriedade e sem as falcatruas naturais que muitos americanos metidos a moralistas e defensores dos erros que acontecem na terra de Tio Sam, escondem. Para resumir: o filme mostra um italiano autoritário e moralista, que monta uma pizaria em pleno bairro negro, onde  na decoração de sua pizaria, coloca fotos de italos-americanos como Frank Sinatra, Silvester Stalone, John Travolta e outros. Na verdade uma provocação, porque o italiano, num bairro negro, com sua atitude mostrava o menosprezo à comunidade, e além do mais discrimanva jovens e adolescentes e  mmesmo quando criticado, nunca quis prestigiar nenhum negro famoso como Kassiu Clay,  Malcom X, Luther King, James Brown, Michael Jackson e outros. O resultado é que por não fazer a coisa certa, como deveria, ou seja, tratar bem seus clientes em um reduto que não era seu,  e não homenagear os negros importantes ou pelo menos mesclar os italianos com os negros,  criou um clima de animosidade com a comunidade, daí teve seu estabelecimento quebrado, numa revolta popular, principalmente porque numa discussão,  causou a morte de um dos moradores da área. Quer dizer, se tivesse pensado melhor, teria evitado tudo.
A historinha foi para mostrar que o falso moralismo não combina com as coisas realmente corretas. Então, voltando ao caso dos Ficha Suja e Limpa, a situação é mais ou menos semelhante. Todo mundo queria que a coisa acontecesse em cima das buchas. Era um anseio popular.  Mas a Constituição brasileira tem que ser interpretada e cumprida pelos juízes. Nós podemos até questionar, mas  mexer na posição deles, jamais. Pode ser para o mal, para o bem, mas ela tem que ser interpretada legalmente por eles. Não adianta ser hipócrita, demagogo. Não dá sequer para fazer média.  Os seis juízes que votaram a favor do cumprimento da lei obedecendo constitucionalmente o prazo da anualidade, fizeram a coisa certa. O Congresso é que deveria se moralizar e evitar que elementos sujos, com passado de presídio e outros crimes, sejam candidatos. Afinal, para ser candidato o elemento tem que ser além de competente, limpo em todos os sentidos. É como para comprar na Radiolux ou Yamada. É fácil, fácil, mas tem que está limpo. Deveu, não compra.
Na minha modesta avaliação, o grande culpado da vitória dos fichas sujas é quem votou neles. Se formos olhar o passado de Mário Couto, Flexa Ribeiro e Jader Barbalho, os três são farinha do mesmo saco. Couto todos sabem que era bicheiro (se ainda não continuar!); Flexa foi algemado e conduzido preso pela PF, por participar de esquema de fraude  em licitação, na Operação Pororoca,  e Jader não precisa nem falar. Então, caros navegantes, temos que aprender é a votar. Aquela máxima malufista do "rouba mas faz" não deve vingar para quem tem ética e respeito pelo seu voto. Tenho certeza que com meu voto e o de minha família eles não foram eleitos. Nenhum dos três. Então temos que engolir estes sapos que são "nossos" senadores. Em futuro, teremos que fazer uma retrospectiva do que é realmente bom para nosso Estado e não para meia dúzia de apaninguados. E nas próximas eleições, sabendo quem é Ficha Suja, botar o nome deles no ralo. E votar certo!

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