quarta-feira, 23 de março de 2011

Cinema perde a grande Elizabeth Taylor

 Por Marcos Moraes

A melhor definição para a atriz inglesa Elizabeth Taylor, que faleceu hoje pela manhã, em Los Angeles, depois de passar um mês e meio internada, quem deu foi o cineasta italiano Franco Zeffirelli: "Uma diva como não existe mais". Sim. Elizabeth Taylor além de grande atriz, ganhadora de dois Oscar, uma mulher moderna, liberada, que viveu intensamente o seu tempo, era uma diva do cinema. Uma eterna diva.
Liz, como Cleópatra não ganhou Oscar, mas embelezou o mundo!
Liz nasceu em Londres, em 1932 e começou a carreira precocemente, com 10 anos de idade. no filme "There One Born Every Minute", em 1942. De beleza sublime, olhos belíssimos, Elizabeth Taylor conquistou o mundo do cinema não somente pela sua beleza quase angelical,mas também por um precoce talento. Ainda na década de 40 fez outros longos, mas seu primeiro grande sucesso aconteceu em 1956, quando fez o papel de Leslie Benedict, esposa de Jordan Benedict (Rocky Hudson), em "Assim caminha a humanidade", um dos maiores clássicos do cinema. Neste filme, Liz faz o papel da bela que desperta ciúmes em sua cunhada e o amor do jovem James Dean, um incansável procurador de petróleo em suas terras.
Na carreira vitoriosa de pelo menos 60 filmes, Elizabeth Taylor ganhou dois Oscar, o primeiro deles em 1960, pelo seu trabalho em "Disque Butterfield", onde faz o papel da modelo e acompanhante Glória Wandrous, onde tem uma grande e tensa relação com o milionário Weston Liggett, interpretado por Laurence Havey.
No intervalo da segunda estatueta, Elizabeth Taylor fez, em 1963,  o mais bonito e mais importante filme de sua carreira. A atriz tinha 31 anos quando interpretou a rainha egípcia Cleópatra. O filme, dirigido por Joseph Mankiewicz,. mostra o declínio da rainha egípcia e seu envolvimento com os imperadores Romanos Júlio César e Marco Antonio, vividos por Rex Harrison e Richard Burton.
Foi nesse período, nos sets de filmagens que Liz conheceu aquele que seria, segundo suas palavras, o homem de sua vida, seu verdadeiro amor. Richard Burton, também inglês, ator que viria a se casar com a atriz já em 1964 e com quem ela faria mais outros importantes filmes, dentre os quais "Quem tem medo de Virgínia Woof", em que interpretou Marta, uma intelectual de meia idade, que vivia uma crise conjugal com seu marido George, interpretado por Richard Burton.
Liz em seus 79 anos de vida teve oito casamentos. O primeiro deles foi em em 1950, com o herdeiro dos hotéis Hilton, Nicky Hilton. Elizabeth tinha apenas 18 anos, e o casamento, acontecido em 6 de maio de 1950, terminou em divórcio em 29 de Janeiro de 1951, portanto durou apenas 8 meses. Depois de Hilton Liz viria a casar mais três vezes, uma delas com o cantor Eddie Fischer, mas somente em 1964, em seu quinto casamento, desta feita com seu par em "Cleópatra", o ator britãnico Richard Burton. O casamento de Liz com Burton durou 10 anos, em 1974, depois de muitas brigas, confusões inclusive com agressões, fatos muito explorados pela imprensa do mundo inteiro, resolveram optar pelo divórcio. Mas em 1975, um ano depois da separação casaram-se novamente, um dos fatos mais raros na história de Hollyood.  Porém, o casamento durou somente um ano. 
Depois de Richard Burton, que bebia demasiado, chegando a beber uma garrafa de vodca todos os dias, tendo morrido de cirrose hepática em 1984, aos 59 anos, numa visível  auto-destruição, Liz ainda casou mais duas vezes. Portanto, é correto quando se diz que ela casou oito vezes, mas só teve sete maridos: casou com Burton duas vezes.
Elizabeth Taylosrfoi uma dama excêntrica. Gostava de jóias, e vestia-se com a elegância de uma verdadeira diva. Foi uma das maiores amigas e conselheiras de Michel Jackson. Chegou a casar no famoso rancho Neverland, de Jackson. Foi mãe aos 18 anos e avó aos 39. Sua morte, de insuficiência cardíaca, problema que ela lutava já há cinco anos, deixa uma grande lacuna na história do Cinema, onde ela debutou com apenas 10 anos e até com mais de 70 ainda trabalhava e fazia sucesso.

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