terça-feira, 29 de março de 2011

Brasil perde o grande José de Alencar

Zé de Alencar quando empossado com o presidente Lula
Recebendo Comenda, com a presidenta Dilma, sua amiga.
José de Alencar morreu. O mineiro empresário que virou político fazendo dupla com  quem menos se esperava,  Luis Inácio Lula da Silva, o líder e maior ativista de esquerda que chegou a presidente da República, não resistiu e hoje foi derrotado em sua luta contra o câncer, que remonta desde 1997.
Zé de Alencar expressava bondade até no olhar. Direito, trabalhador, exemplo de cidadão, o mineiro que foi  seguidamente duas vezes vice-presidente da República com o presidente Lula -talvez fato inédito na vida pública brasileira- em sua curta carreira política, foi valente até o fim.
O Brasil é carente de grandes homens. Não importa se eles são ricos, pobres. A carência é grande. O ser humano é exemplo quando ele é digno, em todas as situações. E José de Alencar é um exemplo político. Ao lado de Lula,  em oito anos de mandato, nunca se viu atrito e briga por poder ou por aparecer mais, nenhum dos dois.
Em seus dois mandatos como vice presidente José de Alencar foi hospitalizado dezenas de vezes, tendo feito várias cirurgias, principalmente para debelar o câncer que tinha no abdomen. O vice presidente foi o leal companheiro de Lula e Dilma, nas duas campanha do presidente e na campanha vitoriosa de Dilma à presidência. 
A figura, a simpatia, a vontade de viver de José de Alencar lembram outro importante brasileiro que adoeceu do mesmo problema do ex-vice presidente, e que mesmo doente correu o Brasil levantando a bandeira na luta por eleições diretas, na década de 80. O senador Teotônio Vilela. O alagoano ganhou até o título de "Mártir das Diretas".
A Presidenta  Dilma, que se tornou uma grande amiga de José de Alencar, está em Portugal com Lula, mas certamente virá, juntamente com o ex-presidente Lula,  para o cortejo fúnebre do grande brasileiro José de Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário