quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Para os radialistas entenderem

Pelo fio, camarada me diz que dois radialistas criticaram a eleição da Tuna. Segundo ele, os dois radialistas não entenderam o Estatuto da Águia. Respondo: Ninguém entende. E o pouco que se entende é mais ou menos assim:

1- A eleição é  feita pela Assembleia Geral, de 15 Diretores, com um mandato  de três anos;

2- Toda segunda quinzena de Novembro, durante os dois anos seguintes, são substituídos 5 nomes;

3- O Conselho Deliberativo é formado por 60 Conselheiros, 40 Beneméritos e 20 Grandes Beneméritos;

4- Ao contrário de outros estatutos, o Conselho Deliberativo da Tuna é nomeado pela Diretoria;

5- A eleição dos cinco nomes anualmente é feita pelo Conselho Deliberativo;

6- Na renúncia de um Diretor, o Presidente, que é eleito entre os 15 diretores, pode nomear qualquer sócio, desde que ele tenha o mínimo de cinco anos de associado e em dia com suas obrigações com o Clube;

7- Ao final de três anos, acontece uma eleição direta, pela Assembleía Geral, quando serão eleitos novos nomes.

Como se pode ver, é um estatuto à moda antiga, totalmente fora do que prega o Código Civil, que exige que até Síndico de prédio tem que ser eleito pela Assembléia Geral. No da Tuna Conselheiro é nomado pelo Presidente. É ruim, é?
Uma das problemáticas deste estatuto, é que ele foi basicamente "chupado" do estatuto do Grêmio Literário Português, Clube social que não tem nada, nada mesmo a ver com a Tuna, que é um clube sócio-desportivo. Então, no estatuto do Grêmio, as substituições serão "para sempre": todos os anos saem cinco e entram cinco novos, o que quer dizer, nunca mais haverá eleição. No estatuto da Tuna, a situação é só um pouquinho diferente: ao final de três anos acontece uma eleição geral.

Para  Grêmio o estatuto é maravilhoso, pois eles não têm esportes amadores, não têm futebol profissional e as 15 cabeças tranquilamente podem "fechar" num só pensamento. Na Tuna é complicado. Dos 15, uma parte torce por Remo, outra pelo Paysandu, alguns querem acabar com o futebol, uns não gostam de esporte náutico, e daí por diante. Uma verdadeira babel. Então,  além de ser antidemocrático, o atual estatuto é inviável para um clube sócio-desportivo.

Alguns alegam que apoiei este estauto da Tuna: tudo bem, eu apoiei. Mas já me arrependi, me ajoelhei e vou repetir: sou contra este Estatuto da Tuna. Prometo  ate não falar mais este ano sobre tal assunto, mas no próximo ano vou lutar,  apoiado por ex-presidentes, GBs, Beneméritos, Diretores, Conselheiros e associados para que seja mudado. Na Tuna tem que ser eleito Presidente e Vice e o mandato não pode ser mais do que dois anos. Com direito à reeleição. E fim de papo!

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