quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aos mestres, com carinho!

Os poetas são pessoas diferentes. São como os artistas, que costumo dizer não têm sexo, porque quando estão no tablado do teatro, nos sets cinematográficos ou no palco fazendo shows transformam-se e só voltam a ser o cidadãos ou cidadã após o êxtase do espetáculo.
Tive dois editores que me marcaram muito. O premiado escritor João Ubaldo Ribeiro e o cronista, contista e poeta Ciro Colares. Ambos, pessoas de sensibilidade fantástica, papo agradabilíssimo e notável conhecimento de todos os assuntos, me deixaram  exemplos de o quanto são diferenciados dos digamos assim, "normais". Ubaldo sempre gostou de ficar com amigos, embora ame a solidão. Gosta de pensartivo, beber o seu uisque, olhar o mar e filosofar em  paos, escritos, guardanapos e até armazenando na  gaveta  da própria memória. Ciro, ao contrário,  habituou-se a um grupo de amigos, todos mais ou menos com a mesma idade, mas que não perdiam a reunião no chamado Beco do Segundo, que ficou famoso, tendo  ganho crônicas e  poemas. Pessoas felizes que sempre "venderam" felicidade
Tenho um amigo,  que também deve ter outros Ns amigos, e que por ser artista, lógicamente dferente, não abre mão de ser feliz. Seu mundo é o palco, o tablado, a poesia diária que sua verve abundante como as águas de março,  desaguam nos livros, em pequenos pedaços de papel ou nas palavras quase mágicas e sorridentes de seus lábios. Antonio Juraci Siqueira. Que como João Ubaldo, que adora sua Itaparica e Ciro Colares que viveu toda sua vida no Beco do Segundo, vive a sua intensa felicidade na Rua da Felicidade. Juraci, o camarada boa praça que quando encontra um amigo, um conhecido, um parceiro, ilumina o ambiente e irradia paz. A João Ubaldo, a Ciro Colares e ao Juraci,  o agradecimento pela beleza de mundo que enxergam e nos passam. Meus mestres.

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