quarta-feira, 5 de maio de 2010

AINDA SOBRE A TUNA. A quem interessar possa

O sr. Fabiano Bastos mostrou ontem todo o seu despreparo para dirigir a instituição centenária Tuna Luso Brasileira. Bastos em seu pronunciamento desnecessário e inoportuno, preocupou-se somente em agredir cruzmaltinos de tradição como Salatiel Campos, Gerardo Von e este escriba, também ex-presidente, Vice presidente, Diretor, Conselheiro e cruzmaltino com tradição na Tuna e nos campos de futebol, nas quadras, nas regatas, com mais de 27 anos de associado do Clube. Fabiano, nervoso, transtornado, transgrediu qualquer norma da ética, agressivo, provocador, sem a compostura de um homem que até já pleiteou um cargo na Cãmara de Belém. Confesso que já fui seu amigo, parceiro das quartas feira, amigo de sua familia, de seus irmãos, inclusive com carinho muito grande por um deles, o Flavinho, mas tenho estranhado suas atitudes dos últimos dois anos. Grosso, muito dono de si, autoritário, arrogante, Bastos não fala a verdade quando diz que "quer a paz e a união dentro da Tuna". Tudo balela. Ele planta e semeia o ódio. Comporta-se como uma pessoa descomprometida. Não respeita as pessoas, a história das pessoas.
Diz que deixei dividas no Clube. Claro que deixei. Ele sabe que paguei quase todas as dívidas de mais de três gestões passadas. Sabe que nunca fui revanchista com outros presidentes. Sempre respeitei o ex-presidente e GB Álvaro Rodrigues, ao Pepe Larrat, Alírio, Boulhosa. Só nunca tive contato com o sr. Gester, porque este desapareceu, nunca sequer prestou contas.
Bastos sabe perfeitamente que paguei salários e acordos oriundos de cinco gestões atrasadas, como o do Lucas, que queria a penhora de bens da Tuna. Do Ari Grecco, que passou dos 30 mil. Que por ser cruzmaltino, o que infelizmente ele não é, embora isso não lhe tire nenhum mérito, coloquei quase 150 mil reais do meu bolso no Clube. Pedí empréstimos para os GBs Alirio Gonçalves e César Mattar e para a Benemérita Josete Pavão, está tudo na minha prestação de contas (aliás, aprovadíssima, sem nenhum senão pelo Conselho Fiscal), e já paguei aos dois primeiros, Alírio e Dr. César. E com meus recursos, porque ele e sua diretoria não têm vontade política de pagar nada do passado, só pensam no ódio. A Benemérita Josete Pavão recebeu a promessa de que receberia no segundo semestre de 2009, mas até agora nada. Ele se arvora de que a Tuna está bem, paga tudo antecipado, mas cega para estes problemas.
Estou colocando estas coisas por causa de minha indignação com a atitude do sr. Fabiano ontem. Nunca o desrespeitei, nunc falei mal dele nem de ninguém. Não preciso disso. Dizer que indaguei dele a história da entrega do Clube para o Alírio, é também querer agredir e faltar mais uma vez com a verdade. O Benemérito João Guilherme é testemunha que eu até o defendí, dizendo que não acreditava no que o Arnaldo Abílio estava falando. Quem o chamou e indagou foi o Benemérito Arnaldo. Eu não!
Para finalizar, confesso que estas histórias para mim estavam sepultadas. Depois que as contas de minha gestão foram aprovadas, acho que todos deveriam era parabenizar a mim e aos meus diretores que se dedicaram, sofreram, ausentaram-se de suas famílias em prol da Tuna e ainda recebem maus tratos. Fabiano Bastos perdeu uma boa oportunidade de ficar calado e tratar do assunto que lhe interessava que era a questão da obra que sua adminisração está fazendo irregularmente. Não agredir, espezinhar, desrespeitar, jogar o ódio. Entendo que a máxima que muitos usam -inclusive ele, o Fabiano- que "a Tuna ficará enquanto nós passaremos" deve ser levada ao pé da letra. Discurso fajuta não vale por parte de ninguém. Nós cruzmaltinos somos poucos, mas podem crer, somos realmente unidos. Que bom seria se todos que estão na Tuna fossem realmente cruzmaltinos! Tenho certeza que esse ódio, essas perseguições chulas, essa discórdia e as agressões entre os que frequentam semanalmente o Clube não existiriam. Se a Tuna saiu ou sair da UTI, parabéns para você e seus diretores, sr. Fabiano. Mas é importante que suas decisões, como a de pedir licença do time de futebol, e agora a construção de uma obra dentro do estacionamento do Clube, não devem ser tomadas somente com seus diretores. É uma questão estatutária, emboa ultrapassado, o estatuto existe. A democracia está aí para ser respeitada, e mesmo que o sr. seja notadamente conservador, parecendo gostar de vilipendiar os direitos de liberdade, acho que sua postura como presidente do Clube deve ser avançada. Bem avançada.

P.S.: Acho incrível como o sr. Fabiano tem facilidade de mudar de cara e de comportamento. Quando chega todo "docinho" falando com todos, apertando a mão, de repente dá alguns passinhos e apunhala pelas costas. Não seja assim, Fabiano. Pergunte a quem me conhece se falo mal de você. Respeite as pessoas e assuma a postura de um Presidente democratico. Também não é obrigado a falar com quem não quer, até comigo, embora como ex-militante da Juventude Operária Católica, não traga ódio no coração. Mas decepção, isso eu trago. E muitas!

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