segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DAS BELEZAS DO FUTEBOL

Das belezas que o futebol pode proporcionar ao expectador -sem falar no talento de craques como Pelé, Garrincha, Zico, Dener, etc. - uma é o espetáculo proporcionado pelos treinadores, técnicos ou, hoje, professores. Não esqueço o embate acontecido entre mestre Telê Santana e Wandeley Luxemburgo no início dos anos 90, o primeiro no São Paulo e Luxa no Palmeiras. Uma verdadeira aula de tática, de conhecimento, de estudo, de arte colocados em campo por 22 atletas sobre a batuta dos dois grandes estratégistas.
Telê, mesmo que não tenha conseguido trazer o título mundial em 82, na verdade foi um dos maiores técnicos de nosso futebol e mundial. Aliás, esta "máxima" de muitos desportitas que adoram tirar o mérito de quem não ganhou uma Copa (como fazem om o galinho Zico) é um tremenda de uma injustiça, porque nem sempre ganha quem merece: o que apresenta o melhor futebol ou tem melhores atletas, mas, óbvio, o que faz mais gols.
O duelo travado entre Muricy Ramalho e Mano Menezes, no clássico entre Corintians e Palmeiras, domingo último, foi algo assim de excepcional. Com a expulsão do desnorteado Roberto Carlos,aos 8 minutos da partida, quando o time do Parque São Jorge vencia o jogo por 1 a zero, fez com que Mano Menezes mudasse todo o modo de jogar de seus comendados, deixando apenas Yarley na frente e reforçando, como uma muralha, o setor de meio campo. Vendo seu time com a superioridade de um homem Muricy tentou de todas as maneiras, furar o bloqueio: atacou pelas pontas, pelo meio, pelo alto mas não conseguiu impedir que o Coringão levasse a melhor.
Os dois professores, talvez os mais bem pagos de nosso futebol, terminaram o belo espetáculo da domingueira com a pressão e os batimentos cardíacos fora da normalidade. Mas os que presenciaram a porfia vibraram. Os palmeirenses porque viram seu novo time partir para o ataque em massa, com os 11 comandados de Muricy loucos para pelo menos empatar o jogo. Até o goleiro Marcos. Pelo lado corintiano, pela beleza e oportunismo do gol de Jorge Henrique e pelo fantástico cinturão defensivo estratégicamente arquitetado pelo mestre Mano Menezes. Parabéns aos dois grandes professores!

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