quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MARICOTINHA DO RIO SUBAÉ

Chico Buarque de Hollanda certa feita confessou, depois de umas caipirinhas, que adorava quando Maria Bethânia cantava suas músicas. Chico sempre foi sisudo, mas esta confissão seus amigos mais próximos garantem que foi espontânea, de coração, pois , segundo um destes amigos, Chico vê na interpretação de Bethânia "todo o sentimento que ele pôe quando escreve uma música".
O que Chico Buarque sente quando ouve Bethânia interpretando suas músicas, deve ser o mesmo que o poeta de Vila Isabel, Noel Rosa, sentia quando ouvia Aracy de Almeida cantar seu repertório. Aracy, tinha um jeito todo especial de cantar e quando interpetava Noel se entregava mais, a ponto de muitos comentarem que tinham um caso, fato sempre negado pelos dois. A realidade é que Aracy foi para Noel o que Bethânia é para Chico.
Bethânia, na verdade não é somente a cantora preferida de Chico Buarque. A intérprete baiana, irmã de Caetano Veloso, possui um jeito diferente de cantar, de ser, de intepretar, fazendo chegar aos corações apaixonados ou não, alegres ou tristes, sua voz com a suavidade de uma pluma. Assim, a "Abelha Rainha" vai embalando corações, amores firmes e despedaçados, agradando gregos, troianos e baianos por quase cinco décadas.
E Chico que se cuide, pois outros monstros sagrados seus colegas como Djavan, João Bosco, Almir Sater, Ivan Lins, Guilherme Arantes e Caetano Veloso já deram sinal que a musa de Santo Amaro, da beira do rio Subaé, é também a preferida deles. E, lá de cima, o mestre Gonzaguinha avisa que o "Pássaro proibido" Maria Bethânia é também rainha de seu "Sol Vermelho".

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